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sábado, 30 de maio de 2009

Cachorro é tudo de Bom.


Sei que a Di já escreveu sobre animais nesse Blog, mas eu quero falar de um em particular: O meu Cachorro Bob.
O Bob é um Lhasa Apso, O Lhasa Apso é uma raça antiga, criada durante séculos apenas pelos nobres e monges do Tibete. “Lhasa” é o nome da cidade sagrada da região e “Apso” poderá ter origem em cabra, devido à pelagem lanosa, ou “leão”, devido ao seu papel de protector de templos.O Lhasa Apso é considerado um cão sagadro na sua Terra Natal. Os tibetanos acreditam que a alma de um homem virtuoso descansa no seu animal preferido, depois de morrer.Como guarda de templos e mosteiros ladrando furiosamente a desconhecidos, o Lhasa Apso é tido como um amuleto de boa sorte, mas teria de ser oferecido, não podia ser comprado. Assim, estes cães permaneceram desconhecidos do resto do mundo até ao início do séculoXX. Por volta da decada de 1920, Dalai Lama começou a procurar apoios internacionais para a causa tibetana e ofereceu alguns cães desta raça como presente a diplomatas, sobretudo a britânicos.Para quem não conhece a raça. Ela foi ilustrada nas historias da Turma da Mônica como o Floquinho, o cachorro peludo do Cebolinha.
Ganhamos o Bob da minha cunhada, já que havia pouco tempo que nossa outra cachorrinha tinha morrido, a TuTi, e minha mãe já tinha dito aos 4 ventos que não iria querer outro cachorro, mas quando ela viu aquela bolinha de pêlo saindo de tras do sofá e correndo em direção a ela, ela não acreditou, e no momento que ela o pegou no colo e ele a enheu de lambidas, ela se apaixonou e disse que de casa ele não sairia mais, acho que se ela soubesse o que ele aprontaria, teria pensado 2 vezes rsrsr.
O Bob sempre foi um cachorro muito ativo, e genioso, o que infelizmente descobrimos com o tempo, mais precisamente depois de ter todos os moveis da sala destruídos e de alguns pontos também, sim, acreditem, o Bob já mordeu todos em casa, aí me pergunto: vindo do Tibete, ele deveria ser mais calmo, quase um monge canino certo??Engano seu.Ele fez valer muitas das suas vontades em casa, principalmente quando deixava os dentes à mostra rsrsr, minha mãe inclusive pensou em devolve-lo a minha cunhada muitas vezes, mas era só ele olhar para ela com aquela carinha (quem tem cachorro sabe de qual estou falando), que imediatamente ela mudava de opinião.
Mas em contrapartida, ele é a coisa mais fofa, linda e engraçada desse mundo canino, o Bob tem sua rotina, acorda de manhã, se estica todo e já quer ir lá fora na garagem, late late late um tempão, conversa com os seus amiguinhos e quando ele se enjoa de ficar lá fora, ele se apoia na porta e começa chamar soltando uns latidos agudos, como se quizesse nos dar bronca, alias uma especialidade dele.
O Bobinho pede os brinquedos dele para minha mãe sempre por volta das 17:00, 17:30, na verdade pedir não seria o termo certo, ele manda mesmo rsrs, ele faz carinho na gente, ronca quando dorme, e como ronca, ele nos empurra do sofá, pede colo e comida, fica louco quando oca a campainha, ele conversa, sim pessoal, ele conversa, e o mais engraçado é ver ele rindo, rsrsrs isso eu adoro.O Bob me espera chegar do trabalho todos os dias, sempre com o rabinho abanando e querendo brincar, e mesmo cansada eu não resisto àqueles lindos olhos enormes me encarando e àquele sorriso proguimata dele.
O sentimento de lealdade que os cachorros tem por nós é Lindo, eles só querem a nossa atenção e carinho, ter um cachorro é maravilhoso, é amor verdadeiro, puro, limpo.O Bob é meu querido amigo fiel e leal, ter cachorro é tuuuuuuuuuuuuuuuudo de bom, e ter o Bobinho é melhor ainda.



Postado por Juliana

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Almas Afins...





"Quando duas almas se encontram o que realça primeiro...

Não é a aparência física, mas a semelhança das almas.

Elas se compreendem e sentem falta uma da outra....

Se entristecem por não terem se encontrado antes...

Afinal tudo poderia ser tão diferente.

No entanto sabem que o caminho é este...

E que não haverá retorno para as suas pretensões.

É como se elas falassem além das palavras...

Entendessem a tristeza do outro, a alegria e o desejo...

Mesmo estando em lugares diferentes.

Quando almas afins se entrelaçam...

Passam a sentir saudade uma da outra...

Em um processo contínuo de reaproximação...

Até a consumação.

Almas que se encontram podem sofrer bastante também,

Pois muitas vezes tais encontros acontecem...

Em momentos onde não mais podem extravasar...

Toda a plenitude do amor...

Que carregam, toda a alegria de amar...

E de querer compartilhar a vida com o outro,

Toda a emoção contida à espera do encontro final.

Porém muitas vezes elas se encontram em um tempo...

E em um espaço diferente...Do que suas realidades possam permitir.

Mas depois que se encontram...

Ficam marcadas ... tatuadas...

E ainda que nunca venham a caminhar para sempre juntas...

Elas jamais conseguirão se separar...

E o mais importante ...Terão de se encontrar em algum lugar.

Almas que se encontram jamais se sentirão sozinhas...

Porquanto entenderão, por si só, a infinita necessidade...

Que têm uma da outra para toda a eternidade."





Postado por Melissa

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Loucas Por Sapatos


Que mulher nunca perdeu minutos e mais minutos em frente de uma vitrine de sapatos??

Salto agulha, anabela, sem salto, sandálias, rasteirinhas etc...

Tudo indica que os calçados foram inventados na Mesopotâmia para a travessia de regiões de difícil acesso. Mais tarde, durante o Império Romano, os sapatos virariam símbolos indicativos de classe social. Já no teatro grego, quanto mais alto o status social de uma personagem, mais alto era seu salto. E saltos altos, por sua vez, há muito têm associação com a sensualidade. Cortesãs japonesas costumavam usar megatamancos, prostitutas da Roma antiga se jogavam com seus altos altíssimos, e Catarina de Médici lançou mão deles ao se casar com Henry II da França. Daí é fácil entender porque as sandálias seguem com sua capacidade de ligar a auto-estima das mulheres no máximo. Já ouvi alguém admitir ter amigas baixinhas que poderiam até sair sem roupas, mas não sem saltos. Marilyn, inclusive, costumava dizer que as mulheres deveriam agradecer a quem inventou o salto alto. Ela tinha razão, pois salto é poder. É realmente como algo que coloca você num pedestal.

Afrodite — a deusa grega do amor — era freqüentemente representada nua, apenas com um par de sandálias nos pés. A rainha francesa Maria Antonieta tinha um criado exclusivamente para cuidar dos seus 500 pares de sapatos — que estavam catalogados por data, cor e modelo. No final da década de 10, nasce o tênis. Em 1930, surgem as sandálias plataformas. Por volta de 1822, sapateiros norte-americanos criaram os primeiros sapatos ‘‘direito’’ e ‘‘esquerdo’’. Estes sapatos, chamados ‘‘tortos’’, viriam para contribuir e muito para o conforto dos pés. Imelda Marcos, a ex-primeira dama das Filipinas era dona de três mil pares de sapatos e inaugurou um museu no país especialmente montado para exibir 220 pares da coleção. Evita Perón, ex-primeira dama da Argentina, não ficava para trás. Tinha 900 pares.

Ele fascina até em conto de fadas, quem não conhece a historia de cinderela, que desde cedo mexe muito com a cabeça das meninas com seu sapatinho de cristal.

As meninas começam a gostar de sapatos cedo, qual é a filha que nunca colocou salto alto da mãe e saiu pela casa, fazendo um barulho. A minha filha tem 3 anos,e já tem uma loucura por sapatos,ela não pode ver modelos novos que já fica pedindo.

Tanto que os fabricantes já estão sentindo que o mercado de sapatos infantis aumenta 15% ao ano. Assim,inovaram os modelos,qualidades,os sapatos das meninas estão mais parecido com os das mães.

O psicólogo Alexandre Marques diz que a paixão por sapatos não tem nada de anormal. Está dentro do quadro de manias características do ser humano. Segundo o especialista, o sapato pode mostrar um pouco do humor de cada um. ‘‘A pessoa vai escolher o sapato de acordo com a ocasião e com o estado de espírito. Salto alto, por exemplo, passa uma sensação de superioridade, destaque’’, diz.

Não importa se fazem barulho, se incomodam... Continuam sendo amados pela maioria das mulheres como símbolo do poder feminino. Eles faze a cabeça das mulheres e até provocam fascínio ou uma espécie de fetiche.Loucura????

Foi pesquisado nos sites:

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Sapato
- http://www.museuvc.com
- Nas revistas sobre economia.


Dica de leitura para as mulheres que são loucas por sapatos:

- Eu Quero Aquele Sapato! Tudo sobre uma Obsessão Feminina - Paula Jacobbi, Editora Objetiva.

- Por que os homens jogam e as mulheres compram sapatos??? – Satoshi Kanazawa e Alan S. Miller,Editora Prestígio.

Postado por Gabriela

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Passado que não passa



Às vezes fico pensando em como ações do passado têm o dom de modificar todo o seu futuro. É incrível como coisas simples como falar alguma coisa ou não fazer algo, muda e atrapalha completamente a sua vida. Se a gente pudesse prever o estrago que certas pessoas trariam para nossas vidas, no exato momento em que a conhecemos, poderíamos evitar cada situação que ninguém merece passar. Pior ainda é quando você conhece uma pessoa, permite que ela faça parte da sua vida e depois fica se perguntando: aonde eu estava com a cabeça quando permiti que isso acontecesse?
Com escolhas também é assim. Quantas vezes você já se perguntou: porque eu decidi fazer isso da minha vida? Se no momento de ter que marcar aquele X eu soubesse de verdade como seria dali pra frente, poderia ter mudado de opção. Eu acho muito injusto termos que escolher quem, onde, com quem, e quando fazer alguma coisa sem saber como será depois. O futuro me dá medo porque é algo que simplesmente não podemos prever. Por mais que a gente trace metas, a vida sempre prega uma das suas e acaba desviando alguns caminhos.
Eu sei que não tenho do que reclamar. Minha vida está ótima, meu presente está exatamente como eu previa meu futuro e eu sou uma pessoa feliz. Mas me arrependo de ter aberto as portas da minha vida para algumas coisas e pessoas. É muito triste quando você percebe que tem gente que passou pela sua vida e que não deixou nem saudade. Eu tenho "amigos pra sempre" que eu não vejo há anos e, sinceramente, não me faz falta. Não é triste isso?
O passado da gente é uma coisa complicada. Parece que é uma ferida que não fecha nunca, porque a todo momento, você está fazendo alguma coisa na sua vida que é reflexo de alguma opção feita no passado. E, enquanto estamos fazendo esta tal coisa no nosso presente, vamos criando o que será o nosso futuro.
Tô meio filosófica hoje, né? Esta coisa de tempo relativo e o amanhã não existe faz parte das incansáveis aulas de filosofia da faculdade. Mas não sei porquê, me bateu esta angústia de tempo perdido. Sim, porque quando você lembra de coisas que não deram em nada (a não ser em raiva) dá uma puta sensação de tempo perdido.
Dia destes outra bomba foi detonada em Londres. Outro ataque terrorista. Mais não sei quantas pessoas mortas. "Ontem", centenas morreram em outros ataques nos EUA, Espanha e em Londres. Sem contas as incontáveis que morrem todos os dias nas guerras do Oriente Médio. E aquelas outras da "guerra civil" do Rio de Janeiro? Como é que a gente pode pensar num futuro sabendo que o nosso presente está assim? Que mundo é este que a gente vive? E mais: você já parou pra pensar q isso td está acontecendo por causa de ações do passado? Pois é. O passado é mais presente na nossa vida do que a gente imagina. Nem sempre aquele ditado: o que passou, passou, funciona. Você conversa com seu passado o dia inteiro.


Postado por Denise

terça-feira, 26 de maio de 2009

Um Gesto de Amor


Já ouvi diversas vezes as pessoas dizerem que o povo brasileiro é solidário. Desculpem mas discordo plenamente.
O Brasileiro na maioria das vezes só se mexe quando o sapato está apertando seu próprio calo, somente quando se está passando pelo problema ou existe alguém muito próximo passando, para lembrar o quanto ser solidário e ajudar as pessoas é importante e pensar em quantas vezes lhe pediram ajudar de uma forma ou outra e você simplesmente lhe virou as costas.

Um caso bem simples para mostrar a falta de solidariedade, é a doação de órgãos.
A um bom tempo estou envolvida com campanhas para a doação de medula óssea e órgãos.

É um gesto de amor tão grande e muitas pessoas esquecem de praticar, por medo ou por falta de informação.
Diga-se de passagem que obter informações sobre tudo é muito fácil com a tecnologia que temos acesso hoje.

Desde sempre, deixei claro para meus familiares que sou doadora de órgãos e a pouco tempo sou cadastrada também no banco de doadores de medula óssea.
Me envolvi a fundo com essa campanha de Medula Óssea quando fizeram uma campanha para ajudar o Robertinho de 7 anos que morava no meu bairro, desde então, sempre divulgo da forma que é possível o quanto é importante a doação de medula.
A procura por um doador compatível da Família do Robertinho foi incansável e insensante, mas a espera foi tanta que infelizmente o Robertinho faleceu em Fevereiro e todos os dias através do Orkut fico sabendo de outras crianças e adolescentes que faleceram por causa desta doença.

No Brasil são cerca de 1500 pessoas aguardando um doador compatível e 980 mil pessoas cadastradas no banco de doadores, número muito baixo, que diminui muito as chances de quem esta a procura de um doador.
Enquanto isso, em outros países existem milhões de pessoas cadastradas nos bancos de doadores.
Uma vergonha nacional para um país tão grande como o nosso.

Peço sempre a Deus que me permita ser compatível com alguém que tenha leucemia e que necessite de uma nova medula.
Não pude salvar o Robertinho, mas existem 1500 vidas aguardando um transplante de medula.
Imaginem vocês olhando nos olhos de alguém que você ajudou a salvar, alguém que teria uma vida toda interrompida por uma doença ingrata como esta e que agora está ali cheia de vida pela frente, que poderá fazer uma faculdade, constituir uma família, viver plenamente e com saúde.

Seria grata a Deus se me permitisse ajudar e meu sentimento seria indescritível por doar vida, doar amor sem pedir nada em troca.


"A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana."
(Franz Kafka)


Assitam estas propagandas para incentivo de doação no youtube, são lindas !!!


http://www.youtube.com/watch?v=UxZuU4m-gt8


http://www.youtube.com/watch?v=Nq_xDtmPXpc&feature=PlayList&p=82DFDD00CB1F8AB6&playnext=1&playnext_from=PL&index=18


Mais informações sobre doação de Medúla Óssea acessem o site http://www.ameo.org.br/


Postado por Diana

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Amor

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração para de funcionar por alguns segundos, preste atenção. Pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e neste momento houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o primeiro e o último pensamento do dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino: o amor. Se um dia tiver que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro. Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida. Se você conseguir em pensamento sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado... se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados... Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite... se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado... Se você tiver a certeza que vai ver a pessoa envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela... se você preferir morrer antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. É uma dádiva. Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio. Por isso preste atenção nos sinais, não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor.

Autor: Carlos Drummond de Andrade

Postado por Andréa

sábado, 23 de maio de 2009

Quem conta um conto aumenta um ponto.




Já perceberam como passamos muito tempo falando e fuxicando sobre a vida alheia, independente se conhecemos ou não as pessoas.????
Eu particularmente estou me educando cada vez mais para manter fofocas e fofoqueiros longe de mim, principalmente porque já fui alvo de uma.

Não entendo qual o fascínio que a fofoca exerce sobre nós, basta observar o tamanho sucesso das revistas, programas e todo o cenário de entretenimento que existe ao redor da Fofoca, seja de alguém do nosso convívio ou de uma celebridade que nunca vamos conhecer, porque queremos saber tanto da vida dos outros??? Será que é porque talvez não estejamos vivendo a nossa própria vida.????

Um comentário mal intencionado, uma opinião pessoal de alguém ou uma determinada atitude se dito para a pessoa errada, pode-se tomar uma dimensão monstruosa e a palavra uma vez dita, não tem volta.
É bem como diz o título desse texto, quem conta um conto aumenta um ponto, já reparou que uma historia é um verdadeiro telefone sem fio???!!! E que depende muito da interpretação de quem esta contando e de quem esta escutando, a Ótica da historia pode ser totalmente distorcida.
Tem um filme que retrata muito bem o que eu estou querendo dizer, chama-se Gossip (fofoca em Inglês), e o título em português é Intrigas, quando tiverem um tempinho, vale a pena conferir, e pensem na próxima vez que forem fofocar de alguém que, um dia , o alvo dessa loucura toda pode ser você.

Achei esse texto bastante interessante e quero dividi-los com vocês, ele abrange a Fofoca em vários ambientes.

(Por Jordan Augusto)

“Socialmente falando, sem dúvida alguma, um dos maiores fenômenos ainda é a fofoca. Um que escutou uma coisa e passou adiante e assim foi caminhando.

Na maioria das vezes lidamos com a questão de que cada conto aumenta um ponto, ou seja, alguém que possivelmente espirrou no centro de uma grande cidade e logo em seguida provocou o “Tsunami” no Sirilanka. Assim seguem os fatos, sejam eles verdades ou não, se tornam fatos pela constante comunicação feita sobre o mesmo tema.

Ao longo de todo o curso de estratégia e administração, aprendemos a lidar com isso de maneira diferente. Fofocas, picuinhas ou qualquer forma de destilar o veneno antigamente eram tidas como privilégio ou assunto exclusivo de mulheres. Hoje em dia, muitos homens estão se sobressaindo melhor do que as mulheres nestes assuntos, inclusive no ambiente de trabalho.

A fofoca pode comprometer a pessoa lesada, arruinando a sua moral e a sua integridade, assim como levar o propagador a perder o emprego. Geralmente, os principais motivos da fofoca são a inveja, o despeito, a intriga, a maledicência e o desejo de vingança, além de vários outros sentimentos negativos.

Como passamos grande parte do nosso tempo no ambiente de trabalho, é normal desabafarmos particularidades, assuntos pessoais, íntimos, familiares ou até mesmo de ordem profissional com alguns colegas.

Confiamos a eles um comentário, um ponto de vista ou uma opinião ingenuamente, num momento de descontração, mágoa, nervosismo ou estresse. De repente, o assunto se torna público, certamente distorcido.

As conseqüências, além de sérias, desastrosas e dolorosas, podem ter um final infeliz, podendo colocar vítima e agressor frente a frente para esclarecimento dos fatos, seja num tribunal, numa delegacia, num hospital ou até num cemitério, pois há quem perca o controle e queira fazer justiça com as próprias mãos!

Manter o autocontrole, a integridade, a serenidade, a compostura e o equilíbrio são pontos favoráveis para a vítima deste tipo de problema, que deve ser cortado pela raiz. O assunto deve ser tratado de forma racional e com delicadeza, não devendo ser ignorado, tendo em vista que a moral e conduta estão sendo lesadas.

Quando sabemos quem é a fonte que propaga a fofoca, todo cuidado é pouco! Discutir ou partir para a agressão física só complica a situação, e podemos passar de vítima para agressor.

Caso a fofoca seja insignificante, mesmo sabendo quem foi a fonte, convém ignorá-la. Não disperse as suas energias! Somente fique mais atento e mais esperto: você pode estar incomodando por ser natural, espontâneo, franco ou sincero, ou seja, simplesmente por ser você mesmo.

Avalie a sua conduta e proceda conforme a sua consciência.

Recentemente, o psicólogo americano Frank McAndrew publicou um estudo defendendo a, tão famigerada, FOFOCA como parte de um processo universal da experiência humana. Observou que homens preferem ler artigos ou notícias sobre homens e mulheres sobre mulheres. Constatou, também, que as pessoas dispensam maior atenção às peculiaridades ou intimidades ou às fofocas mesmo, daquelas personalidades que se encontram na mesma faixa etária.

McAndrew , através da pesquisa verificou que, realmente, as mulheres se "babam" por uma fofoquinha, principalmente, se o agente causador do mexerico for uma vizinha, amiga ou colega e o tema girar em torno de infidelidade. Essa preferência explica-se pelo fato de que a amizade é uma relação inconstante. Os amigos sabem muito e podem utilizar os segredos e seus conhecimentos a qualquer momento.

Nas meninas, essa característica é trazida da infância, onde é reforçada a idéia de que deve-se tomar cuidado com a concorrência, as amigas sempre têm inveja e, portanto, o instinto de preservação é atiçado. Nada melhor que uma boa intriga para manter o perigo a distância. Os meninos, nessa mesma fase, tendem a descarregar suas energias em jogos de futebol, vídeo games ou computador. Porém, desde pequenos aceitam e acreditam na idéia de que homens não fazem fofocas, simplesmente, trocam idéias. A diferença básica está na formulação e no repasse da fofoca. As mulheres são mais maliciosas e expansivas do que os homens. As próprias representantes do sexo feminino concordam com isso.

O fato já mereceu atenção de pesquisadores que estão estudando como a fofoca é espalhada, como essas redes se formam como repassam as informações. Detalhes importantes para descobrir formas mais eficientes de construir redes de "computadores amigos".

O tema "fofoca" consegue dividir opiniões, angariar adeptos e formar fortes correntes opositoras. Há aqueles que garantem que todo o ser humano gosta de um fuxico, independente de raça, credo, idade, sexo ou idade. Alertam que fofocas leves não acarretam problemas é só saber guardar (e fofoca se guarda?.... Aonde?...). Entretanto existe uma corrente oposta, firme, coesa e intransigente.

Um grupo liderado pelo rabino Chaim Feld, que conta com o apoio de políticos e astros dos EUA, deflagrou uma campanha com vistas a conscientizar as pessoas do poder da palavra, da importância do seu uso, que pretende ativar e "promover o discurso ético para melhorar a democracia e construir o respeito mútuo, a honra e a integridade". Em pesquisa promovida por esse mesmo grupo sobre as conseqüências da fofoca nos mais diversos ambientes o resultado foi: na mídia, a fofoca é um problema para 84% dos americanos; já na política, para 80%; no trabalho, para 79% e na escola, para 69%.

Mas tendências ou correntes à parte, a fofoca, o fuxico e os mexericos são importantes, talvez uma importância maior do que se imagina. Essa arma funciona bem na política, por exemplo. Basta sair alguma fofoca de algum candidato que abala a opinião pública e os pontos no Ibope logo comprovam os efeitos do fuxico. Por outro lado, as celebridades também são usadas para galgar pontos em pesquisas eleitorais. Muitos eleitores decidem seus votos ao verem seus artistas preferidos no palanque.

De acordo com a revista carreira e sucesso, tracemos o perfil da pessoa fofoqueira. Geralmente são pessoas infelizes consigo mesmas, com a vida, com o trabalho, com a família, enfim, nada para elas tem uma razão nem um sentido positivo. A pessoa fofoqueira, como não tem perspectivas e nem motivação pessoal, ocupa o seu tempo julgando e falando mal da vida alheia.

Uma pessoa fofoqueira é falsa e muito perigosa!

Já diziam os mais antigos:

Se você deseja que o mundo saiba de um determinado assunto, escolha a pessoa certa, conte-lhe, peça segredo e ela se encarregará de divulgar tudo.

A fofoca chega até nossos ouvidos pelo próprio fofoqueiro, geralmente com as seguintes frases:

Já está sabendo da novidade?

Sabe da última?

Você não vai acreditar.

Independentemente da frase maldosa que venha a chegar aos seus ouvidos, pense:

Se alguém fala mal de algum conhecido para mim, quem me garante que quando viro as costas essa pessoa não estará falando mal de mim também?

Caso a fofoca venha acompanhada da seguinte frase:

Vou te contar uma coisa, mas jura que guarda segredo?

Desbanque o fofoqueiro com classe, dizendo:

Se for um segredo seu, sinto-me lisonjeado por você confiar em mim. Caso eu não possa ajudá-lo, pelo menos ouvirei e guardarei segredo, mas se for fofoca sobre a vida de alguém, por favor, não me conte, pois não me interessa!

Se fulana está tendo caso com beltrano, se o seu chefe tem uma amante, se siclano tem um jeito delicado de ser, cuide da sua vida! Não se envolva em fofocas e nem com os problemas da vida alheia. Cuide da sua vida, sempre pensando: não vi, não ouvi e não sei.

O peixe morre pela boca; o homem também!

Não aproveite o impulso diante de uma situação para falar mal de alguém. Não julgue o todo por uma parte, e não julgue para não ser julgado. Lembre-se de que quando você aponta um dedo para uma pessoa na intenção de julgá-la, três dedos da sua própria mão se voltam contra você.

Como se anular diante de pessoas fofoqueiras, não participando de picuinhas?

SER PROFISSIONAL É SER IMPESSOAL!

Não se esqueça de que você é pago para trabalhar e desenvolver as suas funções profissionais dentro de um determinado período de tempo, portanto, não o desperdice com assuntos que não sejam de interesse da empresa.

Se Deus criou o homem com dois ouvidos e uma única boca, certamente sua intenção era de que o homem ouvisse mais e falasse menos. "

Postado por Juliana

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Felicidade Clandestina


Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas.

Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".

Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses.

Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo.

Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife.

Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte"com ela ia se repetir com meu coração batendo.

E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. As vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina.

E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife.

Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada.

Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.


Clarice Lispector

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um minuto de silêncio,por favor !!!


Ufa!!! Consegui para sentar e escrever o meu texto. Estava querendo um momento de silêncio, com as meninas, escreverei no meio de batuque, risadas, brigas e gritos...

Nunca dei valor nos minutos de silêncio, antes para mim era sinônimo de solidão. Tinha pavor de ficar sozinha no silencio,quando acontecia ligava a televisão ,rádio e telefonava pra minhas amigas. Tudo para não ficar em silêncio..

Em nossa cidade é cada vez mais difícil ficar em silencio, a cidade é muito barulhenta, ouvimos buzinas, carros, caminhões, rádios altos, pessoas falando, todo tipo de ruídos. Que às vezes dá vontade de subir no capô do carro e gritar “SILÊNCIOOOOOOOOOOOO”. Mas quem irá me escutar.Tenho uma tia que mora no interior e que quando vem a São Paulo, pergunta como conseguimos viver no meio de tanto barulho e sempre respondi, nós acostumamos.

Claro, que momentos de barulho às vezes também são gostosos, quando íamos às danceterias, que nós não escutávamos nada por causa das musicas altas, aí quando conhecíamos alguém, era uma dificuldade para escutar o nome da pessoa, nós falávamos nosso nome e quando perguntávamos o dele. Ele falava: Adolfo...;e nós respondíamos: Ah ta Rodolfo!!! Com quem nunca aconteceu este episódio.

Mas vamos voltar a falar do silêncio, que na verdade é o foco do meu texto. É o momento em que você consegue ficar em paz, escuta sua respiração.

Quando dá gosto de ficar sozinha em silêncio, entendo melhor os dias que estou mais aflita, consigo conversar com meu pai, que parece que ele também esta me escutando. E quando consigo, fico mais leve, me entendo melhor.

Sei que às vezes devemos ficar quietos para não falar tudo, porque tem horas que o silencio é mais inteligente do que tentar explicar alguma coisa. Você aprende com silêncio a ouvir sua voz interior, a voz da sua alma e cala-se, evitando desafetos.

Assim você aprende a ouvir e respeitar as opiniões dos outros, por mais que seja contrária da sua.

Percebi que a solidão não é a pior coisa, que às vezes existe companhia pior que a solidão. Você aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar em você as qualidades que possui, equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu.

Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares.

Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a você, eu me calo, Vou ficar quietinha para que você possa ouvir o que seu interior quer te falar.

Psiu, silêncio!!!!

Postado por Gabiela

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Chorona de Plantão


A minha fama é mais do que conhecida: sou a manteiga oficial da família e a “maria-chorona” na roda de amigos. Já ouvi centenas de piadinhas sobre isso, inclusive a clássica: “esta chora até em inauguração de poste”. Eu choro ao assistir novelas (principalmente os últimos capítulos), filmes e seriados. Choro também quando estou conversando com alguém que começa a chorar, choro lendo textos bonitos, choro de saudades, de alegria e de tristeza. Casamento então, é um lugar em que eu já entro chorando! Já me peguei chorando até por pessoas que eu desconheço, mas que as histórias me emocionam. Inclusive, eu também chorei quando fui demitida de uma empresa que eu não queria mais trabalhar! Vai entender...
No dia do meu casamento, eu entrei na igreja chorando. E, como eu não queria chorar, comecei a tentar sorrir, fazendo caretas inimagináveis! Para disfarçar, enquanto eu estava entrando, mandei um beijo para a minha vó! Que figura!!!
Quando meu filho nasceu, eu entrei na sala de cirurgia aos prantos, de tanto medo do que estava por acontecer. E depois que ele nasceu, chorei de alegria. Aliás, lembro que também chorei no meu chá-de-bebê, uma semana antes do parto...
Por mais que eu saiba – e aceite ser esta manteiga derretida – nem sempre eu gosto desta situação. Porque não é sempre que eu quero chorar ou, pelo menos, quero que me vejam chorando. Não é legal estar conversando sobre um assunto triste e chorar junto com a pessoa quando a sua missão é alegrá-la. Ou então chorar vendo um comercial na TV, quando tem um monte de gente assistindo contigo. Ser chorona, algumas vezes, dá um pouco de vergonha, porque o choro vira fútil. Como dosar a real emoção do momento se a pessoa chora porque não consegue abrir um pote de maionese e chora porque viu o filho dar os primeiros passos? Eu realmente não sei, mas sei que choro!
Eu fico em prantos quando leio o livro Pai e Filho, de Tony Parsons, mesmo que eu já o tenha lido 8 vezes. Eu sei o que vai acontecer, conheço a história, mas a cada lida, encontro uma coisa que não tinha percebido, dou um novo rumo para o meu olhar e choro, copiosamente.
Outra cena clássica, foi no amigo secreto do ano passado. Eu tirei o Lê, meu marido, como amigo secreto. E na hora em que a gente tem que dar dicas sobre quem é a pessoa, eu comecei a descrevê-lo e chorei! Lembro que falei e chorei de tal forma que a até uma amiga nossa, que estava na brincadeira, chorou junto... outra manteiga! :o)
A minha última cena de choro “engraçada” foi na semana passada. Fomos ao aniversário da filha de uma amiga minha, que não vejo pessoalmente há pouco mais de um ano, mas que falo diariamente pelo MSN. Pois foi assim: eu cheguei à festa, olhei para ela e comecei a chorar! Tinha um monte de gente na festa, eu não queria chorar, não queria que me vissem, mas lá estava eu, enxugando os olhos!
Tem dias em que eu gostaria de ser mais razão e menos emoção. Encontrar aquela sutil linha do equilíbrio entre as duas que eu, definitivamente, não consigo ter. Minhas conversas são sempre carinhosas, minhas discussões são melodramáticas, minha raiva é momentânea – e vira mágoa – e meu amor é extremamente excessivo. Eu não gosto de alguém: eu amo. Eu não sou indiferente: eu detesto. Minhas emoções vão ao extremo e, por mais que isso seja bom porque eu sou muito verdadeira, me expõe de uma forma que me deixa desconfortável e muito vulnerável.
Acredito que ter identificado isso seja um grande passo para trabalhar com esta choradeira toda. Mas, enquanto isso não acontece, continuo aqui, chorando com tudo aquilo que balança o meu coração. Hoje mesmo eu chorei revendo a cena em que o Chandler e a Mônica se casam, no seriado Friends. Foi um choro gostoso e divertido, como é o próprio casal em questão.
Enfim, esta sou eu: uma verdadeira manteiga derretida!
Sem chorar, por favor! :o)

Postado por Denise (que, inacreditavelmente, não derramou nenhuma lágrima neste post)




terça-feira, 19 de maio de 2009

Meu Pecado Capital


Posso afirmar que de todos os 7 pecados capitais, o que mais eu uso e abuso é a preguiça.
Mas claro que não estou falando da preguiça ruim, a de não querer trabalhar ou não querer ser produtiva e sim daquela preguicinha boa que temos, por exemplo, nos dias de domingo, de frio.
Essa preguiça me consome de uma tal forma que vocês nem imaginam.

No sábado, por exemplo, já era mais de 12:30h e eu estava deitada na cama dos meus pais, porque, já que eles foram viajar e deixam uma cama de casal toda pra mim, acho que no mínimo deveria fazer é o favor de usá-la... rs.
Logo que acordei vi que a Jú tinha me ligado (só para ter ideia como meu sono é dos bons, não ouvi o celular) e retornei a ligação. Ela do outro lado da linha percebendo minha voz sonada disse:
- Você acordou agora?
Respondi que sim ! E ela retrucou dizendo que o dia já tinha começado fazia muito tempo.
Disse que no frio os ursos hibernam e ela deu risada.

Tenho plena consciência de que perco muito tempo dormindo. Mas o que eu posso fazer se adoro dormir? : - P
Como queria ser aquele tipo de pessoa que dorme 4 horas por noite e tem pique sobrando para o resto do dia. Mas, absolutamente não sou esse tipo de pessoa, preciso dormir para estar bem.

E pra ajudar, esses dias de frio me deixam sem disposição, ao contrário do calor, quando fico com a corda toda.
Mas claro que é comprovado cientificamente que no frio temos menos disposição porque o inverno altera nosso termostato, isto é, a temperatura individual na qual o organismo funciona, e é ai que a preguiça vem e nos consome de vez.

Agora me digam, quem não gosta de ficar deitada em sua caminha, aconchegante ou jogada no sofá, assistindo TV ou não assistindo coisa alguma, sem ter preocupações, sem ter nada pra resolver ou nada pra pensar. Claro que sou beneficiada, porque sou solteira, não tenho marido, filhos. Porque sei que essa mamata toda um dia pode acabar, então vou dormir tudo que tenho que dormir agora rsrs.
E outra, geralmente, as pessoas quando ficam mais velhas tendem a não ter mais aquele sono gostoso de antigamente, então vou aproveitar por que a hora é agora rsrs.
Li uma frase outro dia que é a mais pura das verdades
“Quem levanta cedo, fica com sono o dia todo.” (kkkk)
Sei que sou preguiçosa e acho que um toque de exagero, porém continuarei pecadora, até quando eu não sei! Só sei que nesse momento está frio e meu termostato está baixo, minha cama está me chamando e só gostaria de dizer para terminar que ZZZZZZZZZZZZZZZZ.


Postado por Diana

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sobre os que vem e os que vão.


Terça-feira passada minha mãe chegou de uma longa viagem.

Pela primeira vez em sua vida, ela ficou trinta e um dias fora de casa.Também, pela primeira vez, ela fez uma viagem internacional.

Assim como, pela primeira vez largou todo mundo sozinho, seguiu sozinha e foi feliz, sozinha também. Com isso percebeu, pela primeira vez, que o mundo anda sem ela e que ela pode (e deve) andar pelo mundo.

Durante esses dias em que esteve fora, minha mãe conheceu várias cidades em Portugal e na Itália, e ainda deu tempo de ir até Londres. Uma experiência incrível pra ela.

Posso afirmar que pra mim também foi.

Pela primeira vez na vida me vi realmente sozinha. E isso não me abalou, mas sim, abriu novos horizontes diante dos meu olhos.

Sempre falei sobre o quanto não me dava bem com a minha mãe. Olhava pra ela e via a figura da Esfinge. Era isso que ela representava pra mim - um grande, frio e amedrontador símbolo. Costumava dizer que uma geladeira tinha mais emoções do que minha mãe.

Acontece que esse mês longe fez muito bem pra nós duas. Aliás, a própria mudança de casas já estava fazendo bem.

Eu senti saudades dela, por incrível que pareça... e disse isso algumas vezes, durante os telefonemas e as conversas no msn.

No último dia de sua viagem, enquanto acertávamos as questões de vôo, chegada aqui no Brasil, etc e tal, já que os horários haviam sido antecipados, soltei um "vem com Deus... eu te amo".

E ela riu. Riu e chorou.

Desliguei o telefone e cai um choro só. Estava realmente com saudades da minha mãe.

E olha que passei incólume (e órfã em pleno dias das mães) no domingo.

Pra fazer surpresa, fui até a casa dela e preparei um jantarzinho bem básico: arroz, feijão, lagarto recheado, salada de alface. Também comprei uma torta mousse de chocolate e flores, muitas flores em tons de roxo, rosa, lilás.

Quando ela entrou nos abraçamos muito mesmo, choramos e rimos. "Ai que saudades", falamos juntas, ao mesmo tempo.

Foi muito bom aquilo tudo.

Daí na quarta-feira, ainda pela manhã (e na ressaca da volta da minha mãe), recebo uma ligação do Zé (meu noivo) dizendo que a Leda (sua mãe) estava sendo internada. Meu coração partiu ali.

O fim está muito perto, pensei sozinha.

Pra quem não conhece ainda a história, a Leda sofre de câncer e luta arduamente uma batalha insana contra essa doença.

Mesmo com uma notícia dessas, tentei passar o dia me distraindo com outras coisas, fui novamente até a casa da minha mãe, mas o Zé chamou de novo e aí ouvi da minha mãe um "vai que ele precisa de você muito mais do que nós", se referindo ao Lucca e a ela mesma.

Saí de lá e fui direto para o hospital.

Confesso que nunca chorei tanto como fiz durante o trajeto até a avenida Paulista. Aliás, precisei me controlar para sair do estacionamento e entrar no hospital.

Não sabia como lidar com a perda, tão iminente...

Fiquei lá das 17h às 22h, e durante esse período, procurei ajudar em tudo, já que ela estava semi-consciente e muito agitada.

Revesávamos para não chorar dentro do quarto.

Embora já soubéssemos que o fim chegaria, nenhum de nós estava realmente preparado para assistir tanta dor, tanto sofrimento físico.

Também a abracei muito, acariciava seus cabelos, e dizia baixinho em seu ouvido orações espíritas.

Em determinado momento, agradeci em pensamento tudo o que ela havia me ensinado em termos de fé, resignação, força. Agradeci por acolher a mim e a meu filho durante todos esses anos em sua casa, por permitir que eu me relacionasse com o Zé e, finalmente, pedi para que fosse embora em paz.

No dia seguinte fui eu quem vai dormiu lá com ela, pra dar um descanso para o Zé.

Passei a noite inteira acordada, me levantando a cada suspiro, a cada gemido. Procurei cuidar e ajudar como pude, com todo o meu coração e amor.

Porque quando isso tudo acabar, e a Leda for embora de vez, terei outra missão, muito importante também.

Vou cuidar da minha mãe, que acabou de chegar para mim, sem a sua fantasia de Esfinge.

Precisei conhecer a Leda pra entender muitas coisas, e entre elas está o fato de que eu amo muito minha mãe.

"Amiga Querida, vá em paz. E mais uma vez, obrigada por tudo. Sempre!"

"Mãe, seja bem-vinda. Seu lugar está guardado dentro do meu coração há anos."


Postado por Andréa

sábado, 16 de maio de 2009

Simplesmente Sorria

"A felicidade começa no cérebro. Faça algo bem feito, receba um agrado ou um carinho ou ache graça em uma piada, e seu sistema de recompensa se encarrega de fazer com que as regiões do cérebro que cuidam de movimentos automáticos -aqueles que fazemos sem precisar pensar- estampem um belo sorriso em seu rosto.
Se ele é genuíno, essas regiões do cérebro tratam de elevar os cantos da boca, relaxar as sobrancelhas e, o mais importante, apertar levemente as pálpebras.
É acionado também o córtex órbito-frontal (OFC), parte do cérebro que registra quando algo de bom acontece -como a causa do sorriso.
O sorriso forçado, aquele que damos tantas vezes para a câmera, é diferente. Ele parte de regiões do cérebro que comandam movimentos voluntários e não causa ativação do OFC. Não diz, portanto, ao resto do cérebro que algo de particularmente bom aconteceu.
Ou seja: você pode até sorrir por fora, mas seu cérebro sabe que você não está sorrindo por dentro.
O incrível é que estampar um sorriso no rosto pode bastar para que comecemos a nos sentir bem. O truque funciona mesmo se você instruir um ator a montar um sorriso, músculo a músculo.
Quanto mais os atores aprendem a dominar o músculo que circunda as pálpebras, adotando uma expressão de felicidade genuína, mais seus corpos começam a se preparar para a felicidade, proporcionando-lhes um bem-estar que eles não sabem explicar.
A neurociência, contudo, explica: um trabalho recente mostrou que o sorriso genuíno já basta para ativar o córtex da ínsula, região do cérebro que nos dá sensações subjetivas como a do bem-estar.
Ver alguém sorrir também funciona. Um sorriso no rosto de quem fala com você aciona as mesmas áreas do cérebro responsáveis pelo seu próprio sorriso, inclusive a ínsula e o OFC.
É como se ver alguém sorrindo bastasse para você se sentir sorrindo por dentro também. Uma vez que seu cérebro repete por dentro o sorriso que ele vê por fora, o bem-estar do outro é contagiante. Felicidade gera felicidade: ela passa de um cérebro para o próximo por meio do sorriso.
E, se tudo isso ainda não bastar para você começar a sorrir agora mesmo, eis uma razão a mais: o OFC, que é acionado automaticamente quando vemos uma pessoa bonita (feia não serve!), fica ainda mais ativo quando essa pessoa sorri.
O sorriso é, portanto, o tratamento de beleza mais rápido, barato e democrático que a natureza -e a neurociência- já inventou...

Estampar um sorriso no rosto pode bastar para que comecemos a nos sentir bem
Suzana Herculano-Houzel - Neurocientista, professora da UFRJ."

Lembro-me de uma vez quando ainda morava em Londres que o meu ex-namorado me dizia que não entendia o porquê das pessoas na rua sorrirem para mim, assim, do nada. Foi quando um dia eu percebi que na verdade elas apenas retribuíam o MEU sorriso, isso mesmo povo, eu andava na rua simplesmente com um sorriso estampado na cara rsrsr.

1. O sorriso contagia. 2. O sorriso atrai. 3. O sorriso clareia a comunicação. 4. O sorriso rejuvenesce entre sete a oito anos.

E mais, o Sorriso é de graça, não nos custa absolutamente nada, já perceberam que as pessoas que sorriem mais, são as que mais atraem as pessoas, as que conseguem levar a vida de uma forma mais leve. Não é ótimo quando estamos com pessoas que simplesmente nos fazem bem, e nesses casos o sorriso é automático. E quando damos aquela gargalhada que chega a doer a barriga de tanto que rimos parecendo que vamos morrer sem ar, alias aquela expressão “morrer de rir “justifica bem como funciona. E quando não temos vergonha de rir de nós mesmo, eu sou mestre nisso porque no meu caso, sou um pouco atrapalhada, tropeço, derrubo as coisas, etc etc, imagine se eu encarasse tudo isso de uma forma negativa, iria viver mal humorada.
Sorrir faz bem, traz carinho, mostra respeito, nos iguala diante do universo, quebra o gelo em situações constrangedoras, o sorriso é uma linguagem universal, e se você leu o texto acima, o sorriso ainda nos faz ficarmos mais bonitos.

Portanto, trate de começar a sorrir já, porque eu estou terminando esse texto com um belo sorriso para todos vocês.


Postado por Juliana

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pra não faltar AMOR

Olha lá quem vem do lado oposto
e vem sem gosto de viver
Olha lá que os bravos são escravos
sãos e salvos de sofrer
Olha lá quem acha que perder
é ser menor na vida
Olha lá quem sempre quer vitória
e perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor,
levo a vida devagar pra não faltar amor
Olha você e diz que não
vive a esconder o coração
Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
só procura abrigo,
mas não deixa ninguém ver
Por que será ?
Eu que já não sou assim
muito de ganhar,
junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
só pra viver em paz.
Los Hemanos

A alguns dias parei pra ouvir esta música, não sou muito fã desta banda, mas por causa do meu irmão que já esta a um tempinho morando fora do país (e meu coração esta rachado de saudades) me peguei cantarolando, fui então prestar atenção na letra e foi aí que a minha ficha caiu...
Não precisamos vencer sempre, podemos mudar sim de idéias e porque não de vida?
Essa instabilidade ideológica pra alguns pode soar falsidade, mas nada mais é do que a nossa verdade o importante é não se trair, é escutar o nosso coração o que eu costumo chamar de nosso verdadeiro eu, sim, pois não adianta negar somos um perante a sociedade, mas intimamente nos enxergamos como outra pessoa.
Costumo comparar nosso verdadeiro eu com nossa voz, os outros escutam a nossa voz, mas ela só é ouvida por nós mesmos...
Eu odeio ter que seguir uma coisa só, um padrão a rotina é pra mim como um suicídio diário.
Eu acredito numa maneira alternativa de viver, ir contra as regras, contra os caminhos já traçados.
Acredito no menos propício, mas não pra confrontar nem magoar ninguém, mas pra ser e me sentir a cada dia mais viva e feliz!
Por que não acreditar em um modo de vida onde os menos capacitados sobrevivam. Onde eu não precise ser a melhor.
Quem leva a vida rápido demais acaba esquecendo daqueles detalhezinhos que acabam fazendo falta.
E se perdem pelo caminho...
A crueldade da vida moderna faz com que não nos lembremos daquilo que devemos cuidar. Daquilo que devemos tomar conta, cultivar para que não desapareça.
Tenho que trabalhar tenho que estudar tenho que... Isso tudo não importa. Tenho que viver.
E devagar, senão vai faltar amor.

"O maior e mais verdadeiro amor
é aquele que você está sentindo nesse exato momento".



Postado por Melissa

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Posso te abraçar????


Hoje acordei toda mal humorada, mas depois quando não queria levantar da cama, estava de olhos fechados e logo senti um enorme abraço duplo de bom dia, das minhas filhas... Que gostoso!!!

Na verdade parece que estava tomando 20.000 comprimidos de energia e estimulo.
Como abraço é gostoso, ele acolhe, ele cura, ele conforta...

Eu acho que todos deveriam abraçar seu amigo, seus pai, quem estiver ao seu lado. Vamos trocar as energias.

Às vezes até sufoco as minhas filhas de tanto abraçar, tem dia que elas começam a fugir... Mas não existe coisa melhor,do que abraço de filho.

O abraço é a forma mais importante e eficaz de expressar todo o carinho.

Ao abraçar alguém, colocando seus braços sobre os ombros da
pessoa, você mostra que deseja compartilhar da mesma responsabilidade com ela.

Já um abraço em que você coloca as mãos nas costas de alguém, pode ajudar outra pessoa a amenizar um sentimento de tristeza, mágoas, dor, vergonha e até mesmo inferioridade.

Quando não temos palavras para expressar o sentimento na hora, apenas abraça a pessoa com todo coração. Que vale até mais que as palavras.

Existem vários tipos de abraços:

O abraço formal: um abraço com certo respeito e educação.

O abraço terno e suave, que demonstra nossa preocupação diante de um amigo.

O abraço rápido, quer dizer, estou ocupado, mas lembrei de você.

O abraço de uma criança, que demonstra o mais puro e verdadeiro sentimento, que sutilmente nos pede segurança, e ao ser retribuído, significa amor e tranqüilidade.

Quando li um artigo, achei legal o que ele falou que foi seguinte:

“Você sabia que quatro abraços por dia são necessários para nos manter vivos, evitando que a nossa essência se acabe aos poucos?

Que oito abraços são necessários para mantermos nossa saúde e doze para que possamos progredir?”. Autor desconhecido

Não perca a oportunidade de abraçar quem está próximo a você, assim, você troca energias, e este é o verdadeiro significado do abraço.

E para você que está lendo um grande abraço


Gabriela


Postado por: Gabriela

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eu amo porque...


Eu amo o meu amigo porque quando o vi pela primeira vez, suei frio;
Eu amo o meu amigo porque ele fugiu comigo para o cinema no dia em nos conhecemos e chegamos tarde em casa;
Eu amo o meu namorado porque sua timidez em nosso primeiro encontro me seduziu;
Eu amo meu namorado porque com ele eu vi o mais lindo por-do-sol no Parque do Ibirapuera;
Eu amo o meu namorado porque ele me faz rir;
Eu amo meu namorado porque ele mata trabalho para ficar comigo;
Eu amo meu namorado porque ao lado dele abri o queixo em um tombo descomunal, tomei 5 pontos e depois rimos juntos;
Eu amo o meu namorado porque quando ele diz que me ama, seus olhos brilham;
Eu amo meu namorado porque decidimos casar quando assistíamos a um casamento;
Eu amo o meu noivo porque ele foi comprar o enxoval comigo;
Eu amo o meu noivo porque rimos juntos quando descobrimos que não tem como comprar lençol e toalha de mesa se não sabemos o tamanho dos móveis;
Eu amo meu noivo porque decidimos comprar, em uma tarde, todos os móveis da casa - mesmo sem ter casa;
Eu amo meu noivo porque ele fica lindo de fraque;
Eu amo meu noivo porque vê-lo no altar me fez ter vontade de correr até ele;
Eu amo meu marido porque nossa aliança é linda;
Eu amo meu marido porque é muito bom andar de buggy nas dunas com ele;
Eu amo meu marido porque ele sabe limpar o chão da cozinha;
Eu amo meu marido porque ele come a comida que eu faço;
Eu amo o meu marido porque ele não me deixa perder a hora;
Eu amo meu marido porque ele é um excelente pai;
Eu amo meu marido porque, mesmo quando ele não entende, aceita minhas incertezas;
Eu amo meu marido porque ficar com ele ainda me dá frio na barriga;
Eu amo meu marido porque ele é cheiroso;
Eu amo meu marido porque ele assiste aos “meus filmes” comigo;
Eu amo meu marido porque ao lado dele eu sou eu mesma;
Eu amo meu marido porque ele é a estrutura do que eu sou hoje;
Eu amo o meu marido porque ele não me faz chorar;
E, acima de tudo, eu amo o Leandro porque, nesta semana em que completamos 5 anos juntos, ele ainda me beija com a mesma paixão do início do namoro.
Parabéns pra nós, minha vida! Que venham muitos outros anos!

Postado por Denise


terça-feira, 12 de maio de 2009

Música é....


O que seria de nossas vidas sem música? Uma vida muito mais sem graça, com certeza!
Ah! Como é bom ouvir uma música! Qualquer ela que seja, porque os estilos são bem variados, mas isso não importa e gosto não se discute.
Já perceberam como a música sempre nos acompanha?
Desde que estávamos dentro do útero de nossas mães elas já cantarolavam músicas para nós. Depois que nascemos ela continua nos acompanhando em nossa trajetória, da infância até a velhice.
Quantas vezes você já não chorou por causa daquele menino que você gostava quando era adolescente ouvindo uma música que trazia determinada lembrança? Ou, rindo de algum fato quando lembrou de uma música mais antiga que estava no auge das paradas de sucesso quando ia para a balada com suas amigas há 10 anos atrás ?
Imaginem o que seria das festas sem música, de uma cerimônia de casamento, dos filmes...
Música acalma nossa alma, nosso coração. E com certeza somos mais alegres pelo simples fato dela existir.
Sempre adorei música, desde pequena. Cheguei a até tocar um instrumento, “órgão”, e acredito que até tinha talento (cheguei a fazer um concerto), mas não sei porquê, quis parar de tocar. Talvez porque achava que aquilo era coisa de gente mais velha e não para uma moçoila com 12 anos, idade que eu tinha na época. Mas às vezes me bate um arrependimento de não ter continuado a tocar.
É claro que ainda há tempo, mas o gosto da gente muda. Acho que hoje faria um curso para tocar bateria (kkkkk) e, vai saber, montar uma banda de rock, estilo musical que adoro, tipo Josie e as Gatinhas (kkkkkkkk).

Sou bem eclética nos meu gosto musical, inclusive há algumas semanas atrás tive o prazer de ouvir um tenor que adoro – Andrea Bocelli. Realmente fiquei emocionada de ouvir aquela voz que considero a mais linda do mundo e acredito que, pelo fato de ser um deficiente visual, ele passa mais ainda toda a sua emoção através de sua voz e a transforma em lindas melodias.

Deixo aqui, inclusive, um trecho de uma música do próprio Bocelli que inclusive é o Título desse texto e que acredito ser a real tradução do que é música:

É, música é... um amigo com quem conversar......quando sentir-se só.....sabe que encontrará sua mão.

É, música é para ser conservada ...guardada dentro de você.
Ouça!!! Quantos mais formos...mais alto alcançaremos...um coro ... de linguagem universal que diz e repete que de tão alto perfuraremos a pele do céu...e esse som...é o grito das estrelas.
Talvez modifique a cabeça das pessoas.....a mentalidade de quem escuta mas não ouve
Antes que o silêncio caia sobre cada coisa.....aquele silêncio imenso vem depois de uma grande explosão
Porque é impossível conceber um mundo sem música ...
Porque cada coração... por mais pequeno que seja é um pulsar de vida .... de amor ....que é a música...

Postado por Diana

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O porquê de escrever.



Eu havia escrito esse texto lá no meu outro blog, o Don´t wait too long, no ano passado. O título era o mesmo.

Porém, essa semana um dos nossos textos me chamou muito a atenção. Quando li “Quando é preciso dar um passo para trás”, da nossa amiga Denise, senti que diante de algumas pausas dessa vida, desistir ou mudar o caminho seria a melhor opção, ao contrário do que eu afirmei antes. Afinal, "o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo”.

Por isso também tomei a mesma atitude dela. Vou voltar para o “banco da escola”. Ainda estou procurando o que é melhor para mim (e claro, o que cabe no meu bolso também!), mas já sei que vou estudar de manhã e fazer os meus freelas na parte da tarde. A graduação escolhida é idêntica a da Denise: Letras.

Quero voltar a dar aulas. E para isso talvez eu precise dar não apenas um passo para trás, e sim, voltar um quarteirão ou dois. Isso não importa. Também sei que não vai ser fácil (tenho absoluta certeza disso). Mas sei que ir buscar a felicidade é um caminho sem volta, tortuoso, porém, cheio de recompensas.

Preciso extravasar ainda mais o que sinto. Talvez até mesmo passar adiante essa paixão, esse amor pelas letras e pela escrita. Porque, sinceramente, tem muita coisa que não cabe em mim. Também foi por esse motivo que eu resolvi reescrever (ou seria atualizar?) o texto.

Desde pequena sempre gostei ler e escrever.

Talvez tenha herdado isso de algum parente, talvez isso tenha nascido comigo.

Lembro do meu avô materno, o "Vô Mello", lendo o Estadão - ainda em branco e preto - sentado na poltrona da sala, todo compenetrado.

Aquilo me fascinava.

Paralelamente fui sendo introduzida no mundo das letras por meio de histórias e contos que a minha avó materna, "Vó Nora", me contava.

Cresci gostando disso.

Lembro dos livros que lia na escola, sempre muito antes da professora pedir.

Aliás, era muito engraçado porque, quando a lista de materiais chegava, a primeira coisa que eu ia ver eram quais seriam os livros daquele ano. E lia todos, de uma só vez.

Quando cheguei na fase de ginásio passei a ter (como todo mundo) a matéria 'literatura', com a sorte de contar com uma professora apaixonada pelo tema e muito incentivadora.

Foi ela quem me apresentou Clarice Lispector.

Ganhei um livro chamado "Laços de Família" e logos depois, "A hora da estrela".

Posso dizer que isso foi um divisor de águas.

Aquelas palavras, aquelas histórias desabrocharam algo dentro de mim e, tal como uma enchente, trouxeram à tona coisas que nem mesmo eu sabia que guardava.

O amor aos livros e à escrita foram algumas delas.

Passei a escrever poeminhas, historinhas, coisas simples, dignas de adolescente, mas que, embalada por Drummond, Vinícius, Manuel Bandeira (entre outros), faziam muito sentido para mim.

Nessa fase cheguei até a participar de um concurso de poesias, ficando com o honrado 3º lugar.

Veio o colegial e, nessa altura eu já dava aulas para crianças, certa de que o magistério seria minha profissão.

Ledo engano...

Outra professora entrou no meu caminho e me fez perceber que escrever/comunicar não era somente um dom, mas podia ser uma profissão.

Daí fui fazer jornalismo.

E cá estou eu, exercitando o que a profissão certamente exige, porém, com muito mais sensibilidade (nos blogs em que escrevo). Esse é o porquê de escrever.

E, para homenagear aquela que serviu de start para esse caminho tão seguro, deixo aqui algumas de suas frases/passagens marcantes sobre o ato de escrever.

Obrigada, Clarice!!

Com respeito,

Andréa


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"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada. "


"Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo."


"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... "


"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando... "


"Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade."
Postado por Andréa

sábado, 9 de maio de 2009

Para minha vozinha, a minha saudade.


“Hoje ia postar sobre a Felicidade, mas o que vou escrever reflete exatamente o contrário.Eu tenho uma Avó, a única viva ainda, mãe da minha mãe, que mora conosco desde que meu avo ficou doente e faleceu, há exatamente 14 anos. Esse ano ela completa 90 anos de vida, assim espero, digo isso porque essa semana ela esta na UTI, desde terça feira e hoje quando fui visitá-la, a médica colocou em palavras o que o meu coração já esta sentindo. O estado dela é bem grave e ela piorou muito de ontem para hoje, então essas 24 horas de hoje até amanhã serão cruciais para o diagnóstico dela.”


Esse é uma parte do texto que eu estava escrevendo para postar sábado passado e honestamente não tive a menor condição de continuar, não mesmo. Foram exatamente oito dias de agonia e angustia, uma dor no coração uma pressão no peito, nunca na minha vida achei que passaria por tamanha Dor que senti essa semana.Quero deixar registrado aqui a minha homenagem a essa Grande Mulher e Ser Humano que foi minha vozinha, e tentar mostrar para vocês o que ela significou na minha vida.


Nascida em 09/08/1919, em Santa Cruz das Palmeiras. Interior de São Paulo, perdeu a mãe com apenas 8 anos de idade e teve que aprender sozinha como cuidar da sua família, ME lembro que ela contava que precisava subir em um banquinho de madeira para alcançar pia e fogão para assim poder cozinhar para seu pai e seus irmãos mais novos. Seu pai casou novamente e a “madrasta” na mais pura interpretação do nome a fazia trabalhar como gente grande, Me lembro também quando contava que, quando tinha 12 anos já encerava o chão da sala inteira de joelhos.Minha avó teve uma infância super feliz e uma adolescência nada fácil, E foi em uma Quermesse no Bairro do Pari em São Paulo que minha avó conheceu o amor da vida dela, ela costumava relatar como era o meu avô, Um Homenzarrão Alto, magro, bonito de chapéu com quem casou com 24 anos. Desse casamento nasceu três filhos, minha mãe sendo a mais velha e eu a neta caçula.


A proximidade que tinha com meus avós maternos era linda, me lembro da infância que eu tive na casa deles, era uma casa enorme no bairro do Carrão, com pé de mamão, limoeiro, manga, mesa de pingue pongue, me lembro do quartinho de ferramentas do meu avô da onde saia casinhas de bonecas, caminhões, aviões, tudo em madeira para mais tarde enfeitar nossos quartos, lembro da minha hora preferida, era quando ela me colocava em cima da pia para fazer “Comidinha” junto a ela, me dando cenourinhas pequenas para ajudá-la a cozinhar, da infância que me proporcionou nos acolhendo em seu apartamento na praia.Com a doença do meu avô eu tive o que descobriria mais tarde a felicidade de ter a minha avó morando comigo em casa, Foram 14 anos que ela fez parte diária na minha vida, Ahhh como eu fui feliz e abençoada ao seu lado Vó.


Do cabelinho branco como a neve, das caretas que a senhora fazia, do bolo “peteleco” com café com leite, das brincadeiras com os seus braços, dos olhinhos verdes liiiiiiiindos, das mãozinhas que sempre pediam para se encostarem às minhas, das nossas brincadeiras e risadas, da “CAIXA DE BOMBOM”, e do que eu mais gostava dos nossos abraços para sentir o coração, como à senhora costumava dizer.Minha avó era semi-analfabeta, só sabia assinar o nome, mas lia livros, escutava as noticias, sabia falar de todos os assuntos, era amável, serena, bonita por dentro e por fora e não interessava a hora que fosse ela sempre me recebia com um sorriso imenso e sincero.Ahhhh Vozinha como era bom “resmungar” sobre o que comprar de presente para a senhora, alias foram 90 anos não é mesmo e aja criatividade para presente rsrs.


Vó, o que me conforta é saber o quanto a senhora foi amada por todos e o quanto a senhora foi feliz e se eu conseguir ser um pedaçinho do Enorme Ser Humano que a senhora foi eu também poderei ir em paz.


Vózinha Querida, prometo que eu serei o mais feliz que eu puder como a senhora sempre me pedia, vou sentir muito, infinitamente a sua falta física, mas nossos corações estarão sempre colados, igualzinho aos nossos abraços.O Céu ficou mais azul essa semana e tenho certeza que terei uma estrela só minha me guiando para sempre.


TE AMO VOZINHA, VÁ EM PAZ.





Postado por Juliana

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Mãe

Não dá pra descrever a emoção de ser MÃE, o amor insano que toma conta da gente desde que confirmada a gravidez, sim porque nos tornamos mãe quando recebemos a notícia de que estamos grávidas o pai se torna pai apenas quando seu filho nasce.
Durante 9 meses cuidamos conversamos e torcemos pra que tudo dê certo e quando enfim o ciclo se completa e chega a hora do nascimento que curiosidade de ver sua carinha conhecer o seu jeitinho.
O nascimento é mágico quase não se acredita que fomos capazes de “fazer” algo tão lindo e nossa vida se completa e todos os atos para com aquela coisinha são atos de sublime amor cuidamos deles melhor que de nós mesmos, sem tempo nem pra escovar os dentes, e então crescem vem as responsabilidades escolares e educacionais, preocupações da adolescência e quando se tornam adultos ainda temos o mesmo sentimento de zelo e amor, mas sem apego!
Apenas o amor de mãe, incondicional e altruísta.
E isso digo sobre todas as mães, as que geram seus bebes aquelas que adotam as avós as madrastas...todas são mães pois assim se sentem ao criar e educar os seus.
Mãe é mãe!
Não quero ser mais mãe do que ninguém, quero apenas ser a melhor mãe do mundo pra Maria Fernanda...Minha filha, a pessoa que mais amo em todo o mundo e agradeço todos os dias por ela ser do jeitinho que ela é – “Obrigada meu Deus pela minha filha, Amém!”
Quero também agradecer a todas as minhas três mães, a que me gerou e me trouxe ao mundo e que apesar das dificuldades pelas quais atravessamos sempre tivemos uma relação de muito amor, a minha avó que me criou do seu jeitinho todo especial, sei que fui muitas vezes injusta contigo, mas só agora que sou mãe é que consigo te entender, e também a minha mãe postiça que me ensinou muito sobre tudo numa relação de muito carinho e respeito.
Amo muito todas vocês cada uma é pra mim especial a seu modo.
Para aquelas que ainda não são mães, aí vai uma dica:
Aceite sua mãe do jeito que ela é mesmo com seus defeitos e claro, algumas falhas, nenhuma mãe falha porque quer, mas porque são humanas passíveis de erros e, talvez, numa ânsia de acertar enfiam os pés pelas mãos mas nunca porque queremos, mas porque somos humanas.
Quem não tem mais sua mãezinha faça uma oração converse com ela, pois com certeza ela estará escutando você e iluminando seu caminho.
E que todas as mães do mundo tenham um dia digno delas, muito feliz e especial!
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Minha Mãe

Vinicius de Moraes

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora.
Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.
Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.Dorme.
Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão. que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia.
Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.


O poema acima foi extraído do livro "Vinicius de Moraes - Poesia completa e prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 186.



Postado por Melissa

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Saudades


Uma palavra que está em nossa vida diariamente: saudades daquele bolo que minha vovó fazia, dos abraços do meu pai, dos meus amigos que se distanciaram...

Esta é uma homenagem para uma amiga bastante especial, que esta passando um momento bastante doloroso.

Se eu soubesse um remédio para aliviar a dor que ela está sentindo agora, com certeza daria para não vê-la sofrer.Mas infelizmente não existe, só o tempo pode curar.

Te amo, Jú... Estou com você!


Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral,
a comum aquiescênciade viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste


Carlos Drummond de Andrade


Postado por Gabi

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Quando é preciso dar um passo para trás


A vida da gente segue um ciclo: aprendemos a engatinhar para depois andar, resmungamos e depois falamos, rabiscamos e depois escrevemos. Fazemos o ensino básico, o fundamental, o médio e a faculdade. Depois de formados, namoramos sério, noivamos, casamos, temos filhos. E posteriormente, que venham os netos. Esta é uma vida regradinha que, por mais incomum que pareça, acredite, eu segui à risca até hoje, em meus 27 anos. E, se eu seguir este tal ciclo da vida, prevejo aqui o meu futuro: mais uns 30 anos trabalhando como assessora de imprensa (vivendo emocional e financeiramente toda a instabilidade desta profissão), talvez mais uns dois filhos nos próximos anos, algumas viagens e o casamento que, acredito eu, durará até que a morte nos separe, como disse o padre.
Acontece que eu não quero que o ciclo continue assim. Eu quero dar um passo para trás, começar de novo de onde eu acho que errei. Eu quero me permitir recomeçar, mesmo que eu já tenha uma carreira de 10 anos, mesmo que eu já conheça o mercado, mesmo que minha vida esteja, relativamente, definida.
Sim, eu estou falando da minha profissão. Em algum momento eu fiz um teste de aptidão que mostrou minha afinidade com as palavras e me direcionou para o jornalismo. E eu, que entrei para a faculdade com 17 anos, decidi, aos 16, um ano antes, que era este o curso que eu ia fazer e que seria isso o que eu faria para o resto da vida.

Doce ilusão escolher o seu futuro com a magia cor-de-rosa dos 16 anos! A vida não foi como eu imaginei e 10 anos depois, não estou feliz. Uma infelicidade que veio se refletindo em todos os outros pontos da minha vida: dentro de casa, com a família, com os amigos. E foi então que eu me permiti parar o ciclo. Fazê-lo começar a girar ao contrário.
Eu vou voltar para a faculdade. Vou sair de mochila para estudar de novo. Vou me preocupar com provas, trabalho em grupo e TCC mesmo entando com uma aliança no dedo esquerdo, um filho no colo e com uma casa para cuidar.

Decidi que não sou mais assessora de imprensa. Jornalista ainda sim, porque o pensamento crítico da gente não é algo que se perde tão fácil, mas fazer follow-up, nunca mais!

Vou estudar Letras – Português/Inglês, trabalhar como revisora, redatora, tradutora, professora. Ora, ora, ora. Ter um dia-a-dia rodeada de palavras, expressões, textos e claro, minhas ideias. Ensinar e aprender. Ter contato com alunos, crianças e gente. Como diz a Déa aqui do blog e também assessora, gente é algo raro nesta área…

Foi preciso muita coragem – e conversas e a força do marido – para poder voltar atrás. Mas eu acho que estou no caminho certo, afinal, estou buscando a minha felicidade. Não é isso o que nos dizem, o tempo todo, para fazer? Eu percebi que às vezes é preciso avaliar se o ciclo da sua vida está seguindo o que você planejava.
Às vezes, a gente precisa parar e pensar um pouco em nós mesmos. Foi o que eu fiz.
A vida vai mudar bastante e eu estou me preparando para isso. Mas confesso que me sinto feliz. Estou aliviada por ter tirado um peso profissional das costas e feliz em seguir rumo à minha realização. E por isso tudo eu vejo que esta vida é muito engraçada mesmo e vive nos pregando peças. Não adianta seguir em frente se você não tem rumo. O máximo que vai acontecer é você ir cada vez mais longe do seu objetivo.
Eu sou a prova viva de que, às vezes, é preciso dar um passo para trás para poder seguir em frente.

Postado por Denise