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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Da falta que me faz.


Sou otimista por natureza.

Sempre acredito que o melhor vai acontecer - uma hora ou outra - e que os obstáculos são os temperos que deixam as vitórias mais saborosas.

Sempre acordo pensando que o hoje vai ser melhor que ontem e, assim, sucessivamente.

Mas tem uns dias que não dá pra carregar o sorriso na cara o tempo todo, como também não dá pra apagar eventuais problemas ou aparentes faltas de soluções que venham ao meu encontro.

Nesses dias e nessas horas sinto falta de algo.

Algo que teoricamente tenho, mas que não funciona (se é que funcionou algum dia).

O que preciso não está - infelizmente - na minha maravilhosa amizade com as meninas daqui, nem no colo dos outros amigos, não está no olhar do Lucca, nem no amor do Zé. Não encontro o que preciso no melhor vinho, na melhor viagem, no prato que mais aprecio. Coisas materiais, nessas horas, não têm peso, valor, nem importância.

Nesses momentos me falta algo intangível, mas totalmente real.

A maioria das pessoas tem e sabe como é bom.

Pra ser sincera, acho que nunca tive...

Por isso, tem dias que vivo como que em suspensão: me faltou aquele ar no momento crucial e, a partir dali (que eu não faço idéia quando foi exatamente), nada andou. Se é que houve um antes, se é que houve história antes.

Me faltou um olhar de compaixão, um suspiro pela vitória ou pela derrota, me faltou foi uma boa conversa, ou um papo sincero. Me faltou igualdade, amor, liberdade para que eu tivesse confiança de seguir em frente e voltar. Me faltou um abraço a cada volta.

Me faltou aquele sorriso de satisfação, daqueles que a gente solta quando a "obra-prima" supera seu criador.

Sobrou foi a falta de proximidade, de identidade, de amizade. Sobrou foi a competição, o prazer em subjugar. Sobrou frieza, pouco caso, desconsideração. Sobraram apontamentos para meus erros - elementares ou não - e sobram penas até hoje pelas minhas escolhas. E olha que eu só quero ser feliz.

Me doeu cada não displicente, e me dói ainda hoje. Principalmente quando o não vem no plural e atinge não só a mim, mas meu filho também.

Me dói ter que chamar alguém por um rótulo que não me diz nada, e o qual me tornei sem ter experiências ou exemplos bons. É como se faltassem tábuas para completar uma ponte, e fazer, assim, o caminho se tornar mais seguro e certo.

Hoje eu sou a mãe do Lucca. E sou, assim, de boca cheia, repleta de orgulho por ser mãe e não uma geladeira ou uma Esfinge. E sou tudo aquilo que não foram para mim.

Já, dos outros, eu não posso dizer o mesmo.


(postado por Andréa, que está muito triste esses dias, mas que continua acreditando que vai passar...)


domingo, 30 de agosto de 2009

A Força da Fé.



Que força é essa que vem de dentro, que nos faz acreditar sempre e que é capaz de mover literalmente montanhas? Independente de Religião, crenças, doutrinas e dogmas, existe uma força dentro de cada um de nós que não nos deixa perder a esperança seja lá o que for que estejamos precisando.
Embora eu tenha sido batizada e feito a primeira comunhão, hoje eu não me considero católica, eu nesses meus 30 anos tenho sempre tentado buscar uma resposta para coisas que não consigo entender, como por exemplo: O que será que de fato estamos fazendo aqui???Já freqüentei centros espíritas, li um pouco sobre a Cabala, já freqüentei a Pró Vida, e estou sempre procurando entender o que realmente somos nesse Universo tão Complexo.
E vou falar de Fé, porque hoje presenciei uma movimentação Maravilhosa do que eu considero um ato de Amor e Fé. Para quem não conhece, tem um centro espírita aqui perto de casa chamado Perseverança, e uma vez por ano eles fazem uma festa de Rua que mobiliza um verdadeiro Batalhão de voluntários que realmente acreditam que farão um mundo melhor, e de fato o fazem.
Toda vez que eu vou ao Perseverança, um sentimento de comoção toma conta de mim, independente de ser um Centro Espírita, acho que eu sentiria isso em qualquer outro templo que pregasse a Fé e o Bem.Simplesmente se eu começo a pensar, eu choro, e choro porque me emociona a FÉ das pessoas, me emociona a União por algo melhor, me emociona saber que tem gente que precisa pegar varias conduções para se dedicarem a algo que acreditam mudar a vida delas e de demais.
Hoje quando cheguei à festa, estava sozinha, e logo fui embalada pelo mar de gente que também como eu foram prestigiar o evento. A empolgação das pessoas, dos voluntários simplesmente contagia e posso falar isso com propriedade porque a minha Mãe trabalha na Barraca das Baianas, e eu acompanho um pouco os preparativos de tudo isso.
Nessa festa cada grupo é responsável pela sua Barraca, e olha, tem de tudo, Churrasco, batata Frita, Tapioca, Sucos, Pizzas, e acreditem hoje até Temaki, tem brincadeiras, Doces, Correio Elegante, Música, etc etc, esse evento já é bem conhecido da Policia e da Prefeitura e Acreditem, ontem o Prefeito Kassab deu um passada na Festa.
Todas as barracas são muito bem decoradas e cada integrante bem uniformizado, nem preciso dizer que a comida é deliciosa rsrsr.
É Simplesmente uma festa Maravilhosa, e vocês devem estar perguntando qual o motivo dessa festa toda, juntamente ao Perseverança, esta ligado a ONG Amigos do Bem, um projeto SENSACIONAL que já mudou a vida de milhares de pessoas no Sertão do Brasil, Essa ONG já foi destaque em vários jornais do Brasil, como Fantástico, Jornal Nacional, Na TV Band, etc etc e quem quiser acompanhar e talvez se interessar em ajudá-los deixarei o site no final do texto.
O Momento que mais me emocionou hoje foi ver no meio daquela multidão, um rapaz que não tinha a parte inferior do corpo em cima de um Skate (seu meio de transporte), curtindo a festa com muita risada, e se eu disser que uma lágrima não caiu estarei mentindo. Acompanhem meu pensamento, como uma pessoa que aos olhos de muitos é considerada incapaz e deficiente hoje, em pleno Domingo ensolarado, me deu uma lição de vida. E percebi que preciso sim ter mais Fé
Fé que podemos ser melhores a cada dia, Fé na bondade do ser Humano, no Amor, em um Mundo Melhor, acredito que não somos tão fúteis ao ponto de achar que nenhuma ação passara despercebida, Fé na Amizade, na lealdade, Fé no Ser Humano.

E termino aqui com uma frase que escutei no programa da Oprah e que só intensificou meus questionamentos.

“Nós não somos seres terrenos com experiências espirituais, somos seres espirituais com experiências Terrenas”


www.amigosdobem.org

Postado por Juliana( que chorou varias vezes enquanto digitava, porque eu acredito sim na For da Fé)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Feliz Aniversário!


Há exatos três anos eu estava, nesta hora, babando por uma criaturinha que mal abria os olhos e que mexia muito os bracinhos e as pernas. Era bem cabeludo e, juro, não tinha o rosto enrugado. Eu lembro que o peguei no colo assim que ele foi para o quarto e babava junto com toda a família ao redor daquela coisinha que conseguia ser tão linda e tão frágil ao mesmo tempo. Era o bebê mais aguardado do mundo porque, para mim, ele não era apenas o meu primeiro sobrinho que estava nascendo, mas também, meu afilhado, que cresceria conosco e que seria criado junto com meu filho, que nasceria cinco meses depois.
E hoje, quando meu sobrinho Gabriel está completando três aninhos, eu percebo como o tempo está passando rápido. Lembro dele mamando, dele dormindo no carrinho, no berço. De ele aprendendo a sentar, depois a ficar de barriga para baixo e levantar o pescocinho. Sempre muito simpático e risonho. Os seus cachinhos de anjo, que emolduravam aquele rostinho redondo e bochechudo. E aqueles pés de bisnaguinha? Era olhar e ter vontade de morder! Lembro dele correndo pela casa com o andador, do tombo que ele levou na casa da minha mãe, do rosto que conseguiu ficar ainda mais fofo quando ele teve catapora. Lembro do dia em que ele veio bem cedinho pra minha casa e dormiu na cama comigo e com o Lê, que depois o levou para a escola.
E também me lembro da noite em que jantamos todos juntos, na sua última noite morando em São Paulo. Há pouco mais de 1 ano, meus cunhados mudaram para Brasília, em busca de uma vida com mais qualidade. Embora eu dê o maior apoio para esta decisão, não posso mentir que morro de saudades e gostaria que eles ainda estivessem aqui. Dói demais acompanhar o crescimento do meu sobrinho por telefone e internet. Dói não tê-los por perto. Dói perceber que o tempo está passando rápido e que todos nós estamos vivendo momentos que seriam ótimos se pudéssemos compartilhar todos juntos.
E é em busca de mais um destes momentos que a gente tanto sente saudade, que estamos indo para Brasília nesta sexta-feira. Vamos comemorar o aniversário do meu gatinho, como fizemos no ano passado. A última vez que nos vimos foi no Natal e confesso que já está difícil falar com ele ao telefone e não chorar de tanta saudade. A viagem vai ser curta, mas vai valer a pena, tenho certeza. Vai aproximar dois primos que se adoram mesmo se vendo tão pouco, três irmãos que sentem muita falta um do outro, os avós que ficam de coração apertado e três cunhadas que são praticamente três irmãs. Quando eu começo a pensar em tudo o que vamos passar nestes dias, seja jogando qualquer um dos nossos jogos até de madrugada, batendo papo, saindo ou simplesmente vendo TV juntos, eu acredito que a vida vale a pena. Porque este amor “de graça” é a melhor coisa do mundo. E ao meu sobrinho-afilhado Gabriel, todo o meu amor, minha saudade, meu carinho. Espero que ele saiba que eu o amo como amo o meu filho e que estarei sempre aqui para ele, aconteça o que for, seja aonde for. Minhas preces para que Deus continue dando saúde e iluminando aquele rostinho tão especial, que trouxe ainda mais alegria à nossa vida. Feliz aniversário, meu anjo!


Postado por Denise

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

No Limite.


Estava desde quinta-feira sem ver tevê.

Fiquei ocupada com uma série de coisas e os programas ficaram para depois. Nem Fantástico, nem Domingo Espetacular. Nada.

Pois hoje parei para ver os jornalísticos da hora do almoço e daí resolvi mudar completamente o tema do meu texto. Eu ia falar sobre o progresso da minha dieta, mas depois de ver tantos absurdos, precisei escrever algumas coisas.

Diante de notícias tão assustadoras, cheguei à conclusão que isso sim é viver no limite. E eu não estou me referindo ao programinha global, com obstáculos de mentira. Estou falando de vida real.

Por isso, resolvi listar algumas coisas que me deixaram passada - seja pela falta de educação, pela ausência de gentileza ou de noção mesmo. Aliás, não me calquei só nas notícias de hoje, mas também nas experiências diárias no trânsito e com gente de todo o tipo e em todos os lugares.

Vamos aos fatos:

- briga na saída de um hipermercado paulistano porque a catraca do estacionamento não abriu, um motorista não quis esperar e acabou batendo no primeiro carro, que aguardava a abertura da cancela. O motorista prejudicado foi anotar a placa do outro carro e daí, sem a menor cerimônia, o causador da batida passou - literalmente - por cima do rapaz, que ainda foi arrastado por cerca de 100 metros, enquanto o outro fugia alucinadamente.

- madrugada carioca e em plena avenida Brasil dois cavalos andavam pela pista da esquerda. Um motorista não consegue para a tempo e atropela um dos animais que, depois de ser lançado longe, morre na hora. O motorista sofreu ferimentos leves, e não corre risco de morrer. De quem era o cavalo, ninguém sabe.

- no Nordeste a mesma situação: um animal no meio na pista e duas pessoas numa moto morrem porque não puderam desviar do bicho. O dono desse cavalo também sumiu.

- nos Estados Unidos um homem (uma dessas celebridades de reality show) mata a esposa, pica o corpo em pedacinhos, vai para um hotel no Canadá com uma garota de programa e, aparentemente, se mata. A identidade da esposa só foi descoberta graças ao número de série da prótese de silicone que ela tinha.

- a prefeitura de São Paulo ordena a desocupação de uma favela na zona sul da cidade. A polícia chega com dos oficiais de justiça e confusão inicia com um incêndio, tumulto, corre-corre. O resultado é gente ferida na pele e no orgulho. A prefeitura oferece vagas em albergues para quem não tiver para onde ir. Como ninguém aceita (é claro!), o órgão resolve emitir passagens de volta para aqueles que quiserem voltar para suas origens. A saída mais fácil para uma limpeza ética: mandar de volta quem constrói a cidade.

- hoje não falaram de política ou, mais precisamente, do Senado. Acho que devem estar submetendo os publicitários do governo à criação de uma campanha pela mudança de nome do Conselho de Ética. Para mim, devia se chamar "Conselho de Estética": só com muito óleo de peroba na cara mesmo para enfrentar uma situação dessas.

- ainda em São Paulo, o governo do Estado deu início às obras de alargamento das marginais Tietê e Pinheiros. O que provavelmente será um benefício para a população (muito questionado por ambientalistas e urbanistas - e também por mim), tornou-se um inferno hoje em dia para quem precisa se deslocar. No sábado a noite, por volta das 20h30, levei cerca de 40 minutos para percorrer entre a ponte Atílio Fontana e o Cebolão. É que as tais obras ocupavam três, das quatros pistas, e só passava um carro por vez.

- também nas marginais há uma pista de recuo para quem muda da faixa expressa para a local. Mais precisamente, depois da Ponte do Limão, há um exemplo clássico: os mais apressadinhos ocupam a pista de recuo e, quando esta acaba, tentam invadir a pista da esquerda. E o trânsito pára.

- lá em Osasco um segurança do Carrefour agrediu um homem negro no estacionamento apenas por considerar que ele poderia roubar algum carro - por ser negro, é óbvio. O homem, que foi duramente agredido, estava em seu carro, com sua filha de dois anos de idade dormindo no banco traseiro, enquanto aguardava a esposa e o outro filho que faziam comprar no supermercado. O segurança foi afastado e a gerência daquela loja, demitida. Ah! O homem terá que passar por algumas cirurgias porque seu maxilar foi quebrado.

- por fim, sábado eu fui almoçar num restaurante em que se vendem grelhados. Por ser de sistema self-service, e depois de me servir de saladas e legumes (olha a dieta aí gente!), me dirigi até a balança e pedi um pedaço de peito de frango. O atendente foi ríspido: "aqui a gente só vende o peito inteiro. Vai querer ou não?" Respondi que queria apenas um pedaço e ele retrucou: "olha, se você quer comer pouco, pega uma coxa." Fiquei sem saber o que dizer, apenas disse um "não gosto de coxa", virei as costas, fui para a mesa e relatei o fato para os amigos que almoçavam comigo. Indignados, todos chegaram à conclusão que deveríamos chamar o gerente. E qual não foi a nossa surpresa ao descobrir que o gerente era, na verdade, o tal atendente da balança. Pedimos a conta e fomos embora.

E eu que achava que TPM era coisa de mulher e que durava uma semana, resolvi mudar de opinião diante de tantos absurdos. Penso ainda que as pessoas estão perdendo a mão a cada atitude, e que o outro... bem, o outro nada mais é do que o outro. E dane-se!

Mas eu ainda creio que gentileza gera gentileza.

E, mesmo desconfiando que a atitude seja cafona, também me preocupo com o próximo, desejo bom dia ao porteiro, dou a passagem no trânsito. E dou às costas para gente boçal, como o gerente do restaurante.

E como diz o Beto Castro, um grande amigo meu (e blogueiro como nós), não posso mudar o mundo, mas sei que posso (e devo) cuidar do meu quintal.


Postado por Andréa (que vai muito bem, obrigada, com sua dieta).

domingo, 23 de agosto de 2009

ECOnsciência





Ultimamente ouvimos muito falar sobre o que esta acontecendo com a Terra, o Aquecimento Global tem se tornado muito presente em nosso dia a dia, e para aqueles que ainda não entenderam o que esta acontecendo, é só prestar bem atenção aos noticiários, São enchentes aqui, secas acolá, Incêndios, Nevascas, Temperaturas oscilantes, a impressão que eu tenho é que está realmente tudo ficando louco rsrsr.
Mas ainda existe uma distancia imensa entre ter a Consciência e Agir de fato, tenho certeza que a maioria de vocês, assim como eu, sabe exatamente o que é preciso fazer para desacelerar essa destruição, mas agora eu te pergunto, será que nós realmente estamos fazendo alguma coisa para salvar o Planeta? Até que ponto as pessoas estão engajadas realmente para tentar desacelerar esse Aquecimento?

Eu, Juliana, confesso que não tenho feito o suficiente, alias, não tenho feito quase nada para falar bem a verdade, e se você for ver, as tarefas nem são tão complicadas assim, separar o lixo não é nenhum bicho de 7 cabeças e mesmo assim a maioria das pessoas ainda não o fazem, Existe também a questão da falta de instrução, de nos ensinarem de verdade como separar o lixo todo, não somente papeis, plásticos e etc.

A maior parte das atitudes que podemos tomar é simples, e mesmo assim algumas pessoas relutam em fazê-los, fechar a torneira quando esta escovando os dentes não fará sua mão cair, tomar um banho rápido, fechar o chuveiro quando esta ensaboando os cabelos, NÃO LAVAR A CALÇADA COM A MANGUEIRA, apagar a Luz quando não estiver em um local, não utilizar produtos que agridem a natureza, Usar as Ecobags (Sacolas feitas de Material reciclado) para fazer compras ao invés de sacolas plásticas, etc etc...

Acho que se realmente prestássemos atenção no que esta acontecendo com o mundo, buscaríamos soluções mais imediatistas e com certeza nos empenharíamos mais.

Ainda bem que existem pessoas que já estão empenhadas nessa causa e que já começaram a agir, que tal nos juntar a elas?Vamos cada um fazer a sua pequena parte para que assim no final sejamos TODOS voltados para o mesmo bem comum.
Eu já vou começar a fazer a minha parte, faça você também a sua.

Uma vez li uma frase que diz Mais ou menos assim:
“De que adianta nos preocuparmos tanto com o Aquecimento Global se não estamos preocupados com o tipo de ser humano que deixaremos na Terra.”


Postado por Juliana

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Apenas mais uma de amor


Eu achei que o tempo tinha me deixado imune em relação a você. Aqueles sentimentos controversos, que me confundiram durante toda a minha vida pareciam coisa de um passado distante, confundido até, talvez, com egoísmo e imaturidade juvenil.
Eu realmente acreditei que o tempo e os rumos de nossa vida tivessem deixado aquelas sensações para trás e que, além de você não poder mais me fazer nenhum mal, você também não teria mais esta intenção, se é que algum dia teve.
Eu acreditei nas suas palavras, nos seus gestos e nas suas lágrimas. Acreditei na sua “preocupação”, que hoje me parece tão vaga. Acreditei que você era outra pessoa e que queria fazer parte da minha história, mesmo que estivesse chegando na metade dela.
E por acreditar em tudo isso, eu abri as portas da minha casa para você. De novo. E também falei grosso por você, enfrentei algumas iras familiares e medos internos para tentar te trazer para perto de mim, pelo menos um pouco.
Há muito tempo não escrevo mais nenhuma daquelas cartas que tanto escrevi e nunca mandei. Cartas em que eu dizia tudo o que estava sentindo e o quanto você estava me machucando e que, de certa forma de aliviavam, mesmo que você nunca tenha lido uma. E eu achei que nunca mais teria necessidade de escrever-lhe de novo.
Não sei o que dói mais: ter acreditado em você ou ter sido ingênua em pensar que algum dia você poderia ser diferente. Você não vai mudar nunca. Amor, afeto, família, compaixão e saudade são palavras que não fazem parte do seu vocabulário, tampouco, você conhece seus significados. Sua vida é baseada na farsa de um mundo que não é seu, mas que se esforça em fazer parte dele. E durante todos estes anos, você tem conseguido. Talvez a ausência do amor seja o preço que você pague para se manter nesta vida.
Enfim, cansei de pensar em quantos porquês você teria para agir desta forma com a única pessoa que realmente te ama nesta vida. A única pessoa que é parte de você. Parei de pensar para tentar parar de sofrer por você, porque, para mim, você voltará a ser uma simples pessoa conhecida.
Por isso, esta é apenas mais uma carta de amor que você não vai receber. E estou lutando contra meus demônios para que esta seja também, a última.

Postado por Denise

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Encerrando ciclos.


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração, e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos.

Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és.

E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão


(autor desconhecido)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A inveja mata (ou quase isso).


Ontem riscaram meu carro. Toda a lateral do motorista (lado esquerdo), com um único risco, no sentido da traseira ao capô, foi danificado.

O risco é fundo, tirou tinta, portanto, só mandando pintar toda a extensão do dano. O custo vai ser alto, certamente.

E, para eu não me sentir tão mal, percebi que os carros que estavam estacionados antes e depois do meu também foram riscados. Bem, pelo menos não devo ser sido a única ter um chilique no meio da rua.

Primeiro vem a sensação de ódio, ira. Dá vontade de matar o primeiro infeliz que passar. A máxima "a inveja mata" seria empregada diretamente naquele que nutriu a inveja...

Depois vem a sensação de impotência, já que a marmota do porteiro não viu nada de importante, ou denunciador. A culpa, certamente, é minha, já que estacionei o carro na rua, ficando sujeita à toda sorte (ou, no meu caso, azar).

A verdade é que essa não é a primeira vez que me sinto assim, lesada. Meses após pegar esse carro, que saiu lindão e zerinho da concessionária, um moleque bateu no paralamas traseiro. E fugiu.

Acontece que eu descobri quem era o responsável e fui atrás. O infeliz em questão é filho de um cidadão que promove jogo do bicho e máquinas de bingo, e me passou alguns números de telefones que, claro, nunca funcionavam. Tentei por uns três meses e depois desisti.

Parece que a impunidade é premissa para a "liberdade" de atos irresponsáveis.

No caso do risco de ontem, credito também a inveja.

Por que, afinal, alguém risca quatro carros novos, estacionados numa rua tranquila, em plena tarde de domingo? Maldade, sensação de impunidade ou inveja?

Para mim é tudo isso junto, porém, com a inveja motivando a ação (já que eu não tenho capacidade de me matar para trabalhar e comprar um carro novo, vou estragar o carro dos outros e achar que sou o máximo por ter feito isso - "toma aí, seus playboys").

Mas tem também outras modalidades de inveja.

Eu mesma trabalhei numa agência cuja proprietária queria ter tudo os que suas funcionárias tinham, desde bijouterias, roupas, sapatos, acessórios, uma flor na mesa ou até mesmo um passeio, ou uma experiência qualquer (como um jantar ou uma viagem).

Como ela nunca conseguia que as pessoas dessem à ela os "mimos", procurava saber aonde ficava a loja, restaurante, passeio, e copiava - sem o menor pudor - a idéia anterior e alheia.

Certa vez ela encanou num anel que eu comprei (e, claro, ela comprou igual, já que estava comigo no momento da aquisição). Ela perdeu o dela e queria a todo custo comprar o meu.

Mas o cúmulo mesmo foi um casaco, do tipo trench coat acinturado, de tecido acetinado, que uma das meninas do atendimento ganhou de presente do pai. Era realmente lindo, e custava uma fortuna. No corpo da moça (vale dizer aqui um corpão "lipado e siliconado") ficava perfeito. E a chefona foi lá, às escondidas, e comprou um igualzinho, e foi com ele num evento que, claro, estava a outra moça também com o casaco.

Foi um susto. A menina ficou completamente desconcertada, mas depois caiu na risada porque o caimento da peça na tal diretora ficou, digamos, estranho, já que a mesma pesava cerca de 90 quilos, tendo a minha altura (1,58m). Todo mundo no evento percebeu que alguém copiou alguém e sendo, no mínimo, pouco inteligente, sacou quem foi a invejosa.

Lembro também de uma outra "amiga" (da onça) que tinha fixação por namorado alheio. A moça precisava que todos os homens, de todos os ambientes que frequentava, olhassem para ela. E, a partir do momento que era o centro das atenções, fazia um jogo de sedução explícito, não importando se os homens eram casados ou comprometidos. Para se ter uma idéia, ela cumprimentava o sexo oposto apertando seus (fartos) seios contra o peito do outro, como num abraço beeem apertado. Nem o Zé escapou das investidas.

Mas de todas as modalidades de inveja, a que considero pior é aquela entre família.

Acho mesmo que a vibração negativa emanada por um parente seja mais forte do que qualquer uma outra. Ou vão dizer aqui que nunca tiveram um "atraso" ou reversão em seus negócios depois de mencionar o fato para alguma tia, primo, etc?

É batata!

Bastou abrir a boca e pronto: tudo desanda.

E como diria José Simão, só com muito colírio diet pra aliviar tanto olho gordo!!


(postado por Andréa, que não acredita na tal inveja branca, e parou de contar sobre vida para muita gente por aí)

domingo, 16 de agosto de 2009

Quando o Corpo Fala.




“O corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-relacionadas, ou seja, umas dependem das outras. Cada sistema, cada órgão é responsável por uma ou mais atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo instante dentro do nosso corpo, seja para captar energia para a manutenção da vida, movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e doenças ou se manter na temperatura adequada à vida.
Há milhões de anos, o corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar ao ambiente e desenvolver o seu ser. Nosso corpo é uma mistura de elementos químicos feita na medida certa. As partes do corpo humano funcionam de maneira integrada e em harmonia com as outras. É fundamental entendermos o funcionamento do corpo humano a fim de adquirirmos uma mentalidade saudável em relação a nossa vida.”

Somos constituídos de Coração, Cérebro, Fígado, Pulmão, Rins, Bexiga, Intestinos, Sangue, entre Outros Orgãos e também Sistemas, tais como, Circulatorio, Muscular, Reprodutor, Respiratorio, entre outros.Trabalhamos como uma prefeita engrenagem, cada orgão cumprindo o seu papel e seguindo as suas funções com maestria, mas e quando uma delas falha??E quando algum Orgão entra em falencia e colapso, e quando os sistemas entram em pane??? O que o Corpo esta tentando nos dizer??? Já prestaram atenção a isso?????
Existem alguns estudos que podem nos dizer muitas coisas sobre o nosso corpo que nem imaginamos, uma vez há muito tempo li um livro que se chamava “Ta na Cara”, que fala sobre o estudo o estudo das formas da face, como o nariz, formato dos olhos etc etc, esse estudo se chama Fisiognomonia, que é a técnica de conhecer e diagnosticar as condições de saude de uma pessoa pela observação de sinais e formas da face e outras partes do corpo. Ciencia Antiga , muito utilizada pelos médicos orientais, constitui hoje um importante recurso de diagnostico de medicina natural e se baseia na analise de manchas, rugas, marcas, sinais, dilatações , inchaços e mesmo na forma natural de uma determinada área.Para facilitar o estudo e compreender melhor sua aplicação , a Fisiognomonia divide a face em áreas, cada uma delas corresponde a um órgão interno, aparelho ou funções biológicas importantes. Isso traduz a forma do nosso nariz, olhos, boca , etc
O mesmo se aplica com a Reflexologia, que se baseia no principio de que existem áreas, ou pontos reflexos nos pés e nas mãos que correspondem a cada órgão, glândula e estrutura do corpo, Isso aplica-se também a Acumpultura (veja o exemplo da Acumpultura Ouricular) e outras formas não tão convencionais de prestar atenção e cuidado com o corpo.
Nosso corpo é reflexo de tudo o que fazemos, pensamos, agimos e a forma como encaramos a vida se reflete literalmente na nossa Imagem, quando digo isso, pense nas pessoas que são Obesas, se forem analisadas, a maioria delas com certeza são pessoas super ansiosas e descontam na comida as frustações e angustias que carregam na vida.Não estou dizendo daquelas pessoas que realmente sofrem de algum problema de saúde, mas sim daquelas que depositam na comida a salvação ou a busca de alguma resposta, da mesma forma que acontecem com os Alcoolatras, os Fumantes , etc etc. Quem já não se acabou com uma barra de chocolate só por estar nervosa???
Se soubessemos traduzir o que o corpo quer nos dizer, tenho certeza que não sofreriamos tanto por problemas tão pequenos. Você já chegou a sentir aquele nó na garganta, ou a sensação de estar engasgado com alguma coisa, é como se você tivesse algo a dizer para alguém e nÃo o fez, pois é, isso reflete diretamente na Garganta, e a tensão nos ombros, porque algo que passa pela nossa cabeça acaba os afetando, já que todo os stress que sentimos vai parar exatamente nos Ombros, sabe a sensação de peso, se pararmos para pensar, o que será que estamos realmente carregando nas costas??? Lógico que não estou me referindo aos machucados de um jogo de futebol, ou uma torcida no tornozelo rsrsr.
Vou dar outro exmplo, há um tempo atras eu descobri que estava com Gordura no Fígado e quando contei para a minha terapeuta( não sei se já mencionei que faço terapia), que aplica a Terapia Holistica ( Buscando o equilibrio entre Corpo , Mente e Alma ), ela me deu uma breve explicação do porque eu estar com isso, O fígado é o Orgão das emoções, e a Gordura como a maioria das pessoas já sabem, é uma capa protetora, portanto eu Juliana tenho sim problemas em lidar com as minhas emoções e o corpo arrumou uma fora de me alertar que eu tenho realmente que aprender a lidar com elas.
Existem vários exemplos e acredito que com cada um de nós aconteça algo parecido, O nosso Corpo merece mais atenção e cuidado, principlamente com o que comemos, não é uma tarefa facil ainda mais com a vida que levamos, mas isso não justifica pelo menos não tentar mudar alguns Hábitos.
Já que estamos nessa vida, com o Corpo que temos, que tal dar uma boa caprichada e cuidar dele da melhor forma que pudermos, porque não adianta querer um mundo melhor, se nem de nós mesmos sabemos como cuidar.


Postado por Juliana

quinta-feira, 13 de agosto de 2009


Esse assunto não me sai da cabeça .... Estou tensa porque farei a minha primeira viagem sem as meninas. E isso é um marco na vida minha vida .... Estou com coração em pedaços, como estivesse fazendo algo errado. Quando estou brincando com elas,fico olhando elas sorrirem e pensando será justo eu me divertir sem elas????

O meu coração de mãe está apertando!! ! Eu sei que um dia as crianças vão crescer e não vão querer mais viajar conosco, terão suas próprias vidas sociais, viagem para casa de amiguinhos e então poderemos curtir... Mas será que vale a pena esperar tanto tempo assim para ter uma vida a dois???

Desde que a Sophia nasceu nunca tivemos um tempo para nós dois, sempre coloco as meninas em primeiro lugar. Na verdade nem tivemos nossa lua de mel,nem dava estava de 8 meses,quase explodindo...Queria mais é ficar quietinha .

Ele começou a falar sobre esta vontade em Maio, aí coloquei um monte de empecilho... Mas sempre ele resolvia tudo,e esta semana ele me envia um e-mail,pensei que era uns dos seus e-mail falando sobre a loja e quando abro,ele tinha emitido as nossas passagens.Comecei a suar frio,tremer absurdamente,peguei um caderno e comecei a escrever tudo que preciso fazer antes da viagem para as meninas se sentirem bem.

Quando consegui relaxar veio outro pensamento e se acontecer algo com as meninas, não estarei aqui, estarei a milhares de quilômetros de distancia e agora????
Estes cinco dias serão eternos, diferentes. Não como me comportarei em relação a isto,mas tenho a certeza que esta experiência mudara muito meu pensamento,e dará uma apimentada na minha relação.

Quando voltar terá a segunda parte deste texto... Ufa!!! Conseguirei sobreviver a esta experiência????

Postado por Gabriela

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

I see dead people


Se tem uma coisa que me assusta, de verdade, é falar sobre assombrações. Não falo de monstros, aliens, mutações, mas sim, gente morta que aparece para os vivos, ou que, se não aparece, manda recados e sinais. Nada me deixa mais incomodada e assustada do que isso. Eu acredito que estas coisas podem acontecer porque acho que somos muito mais do que carne que apodrece pós-morte. Acredito em carma, ação e reação, vida após a morte, céu, limbo e inferno. Acredito em tudo isso porque não quero que nada apareça para mim para me mostrar que eu estava errada. Mas parece que os “fantasmas” sabem deste meu medo e vivem me pondo à prova. Não, eu não ando tendo alucinações e nem falando com gente morta, mas algumas experiências inexplicáveis têem me deixado meio atordoada.
Quando minha avó paterna morreu eu tinha 11 anos e quase nenhum contato com ela. Eu era sua única neta, já que sou filha única de seu filho único, mas ela, por nunca ter gostado de minha mãe e feito de tudo para que meus pais se separassem, nunca foi me visitar e nem me dava muita bola. Só nos víamos nas raras vezes em que meu pai vinha à São Paulo e me levava à casa dela. Pois bem, eu nem sabia que ela estava doente, tampouco que o diabetes lhe causara um AVC. Então, no dia em que ela morreu, meu avô foi lá em casa avisar e, pela primeira vez, eu fui a um velório. Não vi o corpo, nem fui ao enterro, mas soube lá no cemitério que ela queria ter me visto antes de morrer e que pedia para meu avô me levar ao hospital, coisa que ele não fez. Nos dias seguintes à sua morte eu fiquei estranha. Chorava sem motivo, escrevia compulsivamente, estava arredia, amoada e cheguei a ter febre. Minha mãe, que sempre acreditou em espíritos, antes de me levar ao médico, me levou na casa da d. Palmira, uma senhorinha do bairro conhecida por ser benzedeira. E foi só eu chegar à casa dela para me sentir estranha, com vontade de sair de lá. Lembro pouca coisa daquele dia, mas não me sai da cabeça a imagem da d. Palmira conversando com o nada. Ela olhava para a parede e falava: “você está assustando a sua neta, seu lugar não é mais aqui”. Passado algum tempo minha mãe me contou a história toda: minha avó morreu me chamando, mas nem meu avô e nem meu pai me levaram para vê-la. Depois que ela morreu, parece que queria estar comigo e, sem saber que me assombrava, ficou ao meu lado. Por isso as minhas reações.
A história parece meio fantasiosa, mas eu acredito, porque não quero passar por isso de novo. Passei a ter interesse nos livros espíritas de minha mãe e os devorei, tentando entender tudo o que eles diziam. Mas teve um que eu não consegui ler: Laços Eternos. Eu começava a ler, passava mal e parava. Eu travava no meio do livro e não conseguia seguir adiante. E comecei a ficar sem sono também. Teve um dia que eu fiquei tão agoniada que só consegui dormir quando levei o livro para a sala, bem longe da minha cama. Desde então, nunca mais li livros espíritas.
Até o dia em que conheci a minha cunhada, espírita praticante. Ela fez cursos mediúnicos e me apresentou a uma amiga que é sua conselheira e também que joga baralho cigano e búzios. Movida pela curiosidade, pedi que ela jogasse o baralho para mim. E qual foi a nossa surpresa (minha e dela) quando TODAS as cartas falavam da minha mediunidade, deste lado que eu devia despertar e trabalhar porque era muito forte em mim e eu estava ignorando. Mais apavorada do que nunca decidi que nunca mais ia falar disso.
E então, eu sonhei com o avô do meu marido. E ele morreu dois dias depois. E depois, me sentia agoniada sempre falava com minha madrasta. E ela descobriu um câncer de mama. E eu fiquei preocupada com uma priminha nossa que nasceu e ainda estava na UTI. Liguei para a mãe dela porque não conseguia parar de pensar em como ela estava. Era domingo, 20h00. Na segunda, às 06h15 nossa priminha nos deixou.
Estes acontecimentos, por mais que eu tente deixar passar batido, ficaram na minha cabeça e me dão medo, ao mesmo tempo que me dão dúvidas se eu realmente estou passando por cima de algo que eu deveria seguir. Pode o medo ser maior que a sua missão ou tudo isso não passa de uma grande história que minha cabeça tem inventado? Comecei a pensar nestas coisas estes dias, quando descobri um programa na TV a cabo que fala exatamente sobre isso e mostra relatos de pessoas que viveram experiências “sobrenaturais”. Diz o programa que são casos reais, preservando apenas a identidade. São tantos casos que chego a duvidar que um canal colocaria sua credibilidade em risco inventando tanta história.
Por isso, estou pensando em voltar a ler livros que me expliquem mais sobre o tema. Livros que possam me ajudar a esclarecer minhas dúvidas e meus medos. Quem sabe assim eu realmente entenda o que acontece comigo, se é coisa da minha cabeça ou forças tentando me mostrar algo?
Não sei o que me espera e nem se vou seguir com isso. Mas sei de uma coisa: eu não quero ver nada. Como diz o menino do filme: I don´t wanna see dead people... (mas se for um gatão tipo Bruce Willis a gente pode pensar...rs)

Postado por Denise

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Confesso: eu comi!


Eu confesso: comi um miojo ontem.

Mas não era um miojo qualquer, era um daqueles que imitam yakisoba. E eu ainda coloquei cenoura, umas lasquinhas de cebola e umas gotas de molho shoyo.

E eu comi como se aquilo fosse a minha última refeição da vida. Como se fosse um manjar dos deuses.

Eu comi e depois passei mal. Não conseguia fazer a maldita digestão e fiquei "fritando" na cama até quase quatro da manhã.

Vocês devem estar se perguntando se tinha algum alucinógeno no tal miojo. E eu respondo que não: apenas dei início em uma (nova) estratégia para emagrecer, tomando uns shakes, chás e suplementos alimentares daquela marca Herbalife.

E confesso (novamente): estou sofrendo pacas!

O Shake, apesar de ser uma nutrição completa e balanceada, tem um gosto horrível por causa da proteína de soja. Pra resolver isso, descobri que posso adicionar algum suco em pó (dietético, claro) ou um pedacinho bem pequenininho de uma fruta. Daí o shake fica menos intragável.

Acontece que a tal nutrição completa tem o peso de um elefante: você come e fica imóvel como uma jibóia por, pelo menos, duas horas. E olha que, para o meu caso, preciso substituir duas refeições nos dois primeiros meses para a coisa dar certo - café da manhã e jantar - mantendo apenas o almoço como era antes.

Paralelamente a isso tudo tem o chá que, por incrível que pareça, é bem gostoso. Mas se você adicionar um tiquinho daquele tal suco diet, fica melhor ainda. E eu preciso tomar um litro por dia, sendo que eu descobri que não dá pra tomar a noite por causa da cafeína (fiquei ligadona na primeira vez).

Tem também uns comprimidos que são gigantes e eu preciso engolir dois meia hora antes das minhas refeições (os shakes, no caso). Eles servem para... bem..., acho que servem para me fazer engasgar todas as vezes e depois para fazer meu intestino funcionar igual ao de um pato. Aliás, já que eu entrei no mérito da escatologia, após o chá eu conheci alguns banheiros de postos de gasolina da minha região, da Marginal Tietê, de bancos. Afinal, depois de um litro da bebida, pareço um cão numa praça, urinando em cada canto para marcar território.

Ah! mas não é só isso. Também descobri que se não beber uns três litros de água além do chá, o shake trava o intestino. Ou seja: é melhor que eu compre lenços umidecidos e um rolo de papel higiênico extra e deixe ambos no meu carro. Vai saber, né.

Só que tem um detalhe: isso tudo é doce e eu estou sentindo uma falta danada do sal e do carboidrato, principalmente. Entre as refeições preciso fazer um lanchinho, daí posso comer um Polenghinho, ou uma fatia de queijo branco e uma de peito de peru. E na ceia posso tomar uma daquelas sopinhas de 50 calorias com uma fatia de torrada (sem nada, é claro).

Por isso, ontem, no jantar, eu devorei o miojo. E juro: me senti tão bem (até a digestão começar a emperrar, é claro).

Talvez vocês, estimados leitores, estejam se perguntando o por quê disso tudo.

E eu respondo que preciso emagrecer mesmo e isso já é uma questão de saúde. Mas não imaginava que a coisa seria, assim, tão sofrida para mim, que tenho tanto prazer em cozinhar, e em comer.

Eu deveria ter feito um trabalho psicológico antes, me conscientizando sobre a dieta, e focando apenas no resultado. Mas acontece que eu vi gente tão feliz por ter emagrecido, que tudo me pareceu fácil demais.

Bem, não vou desistir, principalmente agora que percebi (pelos meus pés e mãos) que desinchei.

E, como essa "nova fase" está me proporcionando mudanças profundas, talvez eu realmente tenha que superar mais esse desafio.

Pois pior do que o gosto ruim do shake, é o sabor amargo da ausência do amor-próprio e da falta de tesão ao se ver diante do espelho.


Postado por Andréa (que tem certeza de que vai dar tudo certo. Principalmente se ela não comprar mais nenhum miojo e não surtar a noite).

sábado, 8 de agosto de 2009


TRADUZIR-SE

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

Ferreira Gullar


Esse poema foi me passado por um amigo, e como ultimamente eu estou nessa busca por mim mesma, achei que casou direitinho com o que estou passando.

Postado por Juliana

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ser Pai


Esta é uma data muito importante para mim,e gostaria de homenagear os dois homens da minha vida.
Primeiro ele foi a primeira figura masculina da minha vida,com ele aprendi a ser a pessoa que sou hoje.Foi meu companheiro,amor,amigo,pai,meu mundo.Sei que aonde ele estiver estará comigo neste dia,porque o nosso laço não se rompeu,estamos unidos de outra forma.
E também tenho meu marido,foi homem que aprendi amar,desejar,a ter uma família.Ele é muito importante para mim,e tenho orgulho em saber que as minhas filhas tem um pai maravilhoso,e com certeza elas terão o mesmo vinculo que tive com meu pai.
Este poema é para vocês...

Ser pai é acima de tudo,
não esperar recompensas.
Mas ficar feliz caso e quando cheguem.
É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão.
É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros.

Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar.
É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois.
Mas jamais falar no momento preciso.
É ter a coragem de ir adiante,
tanto para a vida quanto para a morte.
É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho,
fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.

Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez.
É esperar.
É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo.
Portanto, é aguentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.

Ser pai é saber e calar.
Fazer e guardar.
Dizer e não insistir.
Falar e dizer.
Dosar e controlar-se.
Dirigir sem demonstrar.
É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói.

Ser pai é ser bom sem ser fraco.
É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.

Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar.
É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida.

Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão.
Mas ir às lágrimas quando chegam.

Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição.
É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho.
É saber brincar e zangar-se.
É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.

Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.

Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio.
O máximo de convivência no máximo de solidão.
É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver.

É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.

Papai,amo você!!!!!

Postado por Gabriela,Sophia e Livia (minhas filhas)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Homens e a Internet

A gente sabe que atrás do teclado podemos ser o que quiser. Ter alguns centímetros a mais, peso a menos, um cabelo mais bonito, um olho mais charmoso. Inclusive, mudar o estado civil.
E foi o que eu fiz, em nome da “ciência”. Entrei num chat com um nome falso, criei um outro MSN e me identifiquei como uma pessoa solteira, de 27 anos, que trabalha com comunicação empresarial. Ou seja, sou eu, há algum tempo atrás. E resolvi ver o que os homens procuram na web hoje em dia. O resultado foi interessante. Por mais que os bate-papos ainda tenham aquelas pessoas que só entram para encher a vida dos outros ou falar sobre sexo e querer mostrar suas “partes” na webcam, ainda tem vida inteligente e útil na rede. Pessoas querendo conhecer pessoas, pessoas afim de namorar, gente que gosta de gente.
O mais legal é como as pessoas ficam “facinhas” na rede...rs Meu nick era Luana_27_SP. Eu entrei na sala e recebi, imediatamente, dezenas de mensagens assim: “oi gata, fala comigo”, ou então: “oi minha linda, vamos conversar?”. Fiquei me perguntando: ou eu estou muito desatualizada ou a rede te dá uma coragem que você não tem na vida “real”, porque, na minha época (rs), nunca um cara chegava falando assim comigo na balada.
Os nicks também são interessantes: “procuro namorada”, “garoto carente”, “casado, mas afim”, “homem procura mulher” e por ai vai...
Depois da pré-seletiva entre os caras que quiseram conversar comigo, acabei falando com três e fui pro MSN com apenas um. Seu nome é Marcelo, tem 30 anos, é solteiro, parece gente boa. Entre outras coisas, ele me disse terminou seu último namoro há 7 meses, tem saído para umas baladas, mas, como a maioria dos seus amigos têm namorada, fica difícil arrumar com quem sair, porque agora eles só fazem programa de casal. Por isso, ele tem entrado um pouco no bate-papo pra ver se conhece alguém, já que seu meio social, ultimamente, se restringe ao pessoal do trabalho.
Me pareceu uma explicação plausível. Conversamos por uns 30 minutos, no máximo. E o que eu achei mais engraçado foi que ele me deu o número de seu telefone. Sem eu pedir! Falando que gostou de conversar comigo e não queria perder o contato, que não é fácil achar alguém bacana assim na net. Estava indo para o trabalho e não podia falar mais. Mas que esperava minha ligação. E ainda me deu uma “meia cantada”. Copio abaixo parte da conversa:

luana diz:
está no trabalho?
marcelo diz:
to indo agora,inclusive to atrasado
rs
luana diz:
ah, que pena
marcelo diz:
mas pode me ligar se puder ou kiser
q acha?
luana diz:
uau, já?
marcelo diz:
rsrs
gostei de vc
luana diz:
eu tb gostei de vc
vc nao tem namorada mesmo né?
marcelo diz:
me parece ser uma pessoa bacana e n quero perder contato
rs... ainda nao

Enfim, nos despedimos e eu fiquei pensando: é coisa da minha cabeça ou ainda tem gente afim de namorar? Ele foi pro trabalho, eu me desfiz da personagem e voltei a cuidar do meu filho, da minha casa e a fazer a janta do meu marido...rs Mas com a esperança de que ainda tem quem acredite no amor, no destino, na alma gêmea.
E viva Carrie Bradshaw!


Postado por Denise

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Psiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiu.


Você já tentou ficar em Silencio, no mais puro silencio, sem escutar nada e ninguém, sem nem emitir um som que seja. Eu estava sentindo muito a necessidade de me afastar de tirar um tempo só para mim, de ficar sozinha longe de tudo e de todos, sem questionamentos, pressão, transito, só eu comigo mesma.
Foi quando perguntei para uma amiga se ela conhecia algum retiro que pregasse o silencio, bingo ela me indicou um em Nazaré Paulista, interior de São Paulo, pesquisei e encontrei o lugar, já me identifiquei logo de cara, e a vivência ( nome que eles usam para os “curso”) que escolhi foi a de Meditação Crista, já que iria unir o que eu mais estava precisando, meditação, pratica da Yoga e Silencio.
Fui com a cara e a coragem, já que eu não conhecia nada e nem ninguém e pensa, sair de casa na sexta feira à noite, sozinha, sem nem conhecer o caminho direito, foi maluquice rsrs, apesar de que eu contei com o meu PAIPS( versão Mais agradável do GPS, porque eu ligava p/ meu Pai toda hora rsrs).
Cheguei SÃ e Salva, apesar de ter passado da entrada, quando cheguei ao local, vi uma moça careca no portão, pensei... hummm diferente.
Então, ela me conduziu para onde todos estavam, e apesar de ter chegado no final, deu p/ perceber que a historia ali era levada bem a serio, encontrei com uma amiga que foi fazer outra vivencia e logo nos despedimos, porque de fato eu realmente queria ficar bem quietinha.
Ficamos conversando com o Carlos, que é OBlato e quem nos guiaria o final de semana.
Fui levada para o meu quarto pelo Diego que me avisou de algumas coisas, como por exemplo, que das 22:00 as 5:30 é silencio absoluto, nem a descarga da casa que ficamos poderíamos usar, etc etc.
Entrei no meu quarto, sem o tênis conforme avisado, um quarto simples, mas muito aconchegante, e foi ali que dormi logo em seguida já que as 6:45 já estaria meditando.
Acordei e fui ao encontro dos meus colegas de meditação e ficamos ali, imóveis meditando por pelo menos 30 minutos.
Confesso que é muito difícil meditar, requer muita disciplina e determinação, pois parece que é justamente na hora que nos aquietamos que o cérebro dispara em pensamentos e percebi ali que o caminho seria longo rsrs
Assim que terminamos de meditar, começou as atividades, tomamos o café da manha, sem pronunciar uma palavra se quer, tivemos uma pequena palestra, praticamos yôga para nos ajudar na postura de meditação, agradecemos pela refeição, tudo vegetariano e uma delicia por sinal, cada um é responsável pela sua louça, voltamos a atividades, a noite confesso que manter a concentração foi mais difícil, pois se desprender de toda uma rotina e manias não é nada fácil, mas como eu fui determinada, me mantive concentrada, acho que se eu falei 50 palavras nesse final de semana enquanto estive lá foi muito, lá tínhamos realmente que estar 100% em tudo o que fazíamos, colocar o amor no que fazíamos, e sermos amorosos acima de tudo.
Contemplávamos o silencio, a natureza, a vida.
Ficar em contato com a gente mesmo não é uma tarefa fácil e nem sempre prazerosa, o desapego de manias e egos é a pior parte, mas eu realmente estou disposta a conhecer a Juliana, essa pessoa que eu abandonei por um tempo e que pede por atenção.
A energia e harmonia que aquele lugar tem são realmente convidativas e me fez pensar se a vida que levamos aqui na Grande e Maravilhosa São Paulo é realmente necessária.
Voltei renovada, fortalecida e mais leve, conheci um pouco sobre religião, tive uma experiência de desapego e aprendizado maravilhosa que eu vou sempre levar comigo, e se para viver nessa Grande Metrópole eu tiver que recarregar minhas energias e força em Nazaré, assim o farei.

Muita paz, luz e harmonia para todos vocês e que cada um procure dentro de si o equilíbrio para enfrentar as batalhas que surgem na nossa vida diariamente.
Namastê.



Postado po Juliana (que por enquanto esta em paz rsrsr)



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dia das Pães.


Bem, para quem ainda não sabe, sou mãe-solteira do Lucca, um moleque lindo, que tem nove anos e meio.

Durante muito tempo esse título me incomodou bastante, afinal, era o atestado de que alguém não quis nem a mim, nem ao meu filho. Também, durante muito tempo, eu carreguei essa missão como um ranso, como uma forma negativa comigo mesma (nunca com o Lucca!).

Mas com o passar dos anos, fui percebendo que ser "pãe" (pai e mãe ao mesmo tempo) era muito mais o que um fardo: era a maior responsabilidade que alguém pode ter. Daí comecei a encarar essa tarefa com mais amor ainda.

Que a mãe tem muito mais influência na vida dos filhos, isso ninguém contesta. Que a presença masculina do pai é fundamental, idem. Mas de que adianta tudo isso se os valores que passamos não condizem com aquilo que somos?

Hoje em dia tenho percebido pais que preferem que seu filho seja alguém maquiavélico e competitivo para se sobressair entre os outros. E os valores como o bom caráter e a honestidade desceram ladeira abaixo.

Essas pessoas usam suas crianças para satisfazerem seus próprios egos, para suportar frustrações, limitações, para realizar sonhos. E daí que a criança acaba se tornando a sombra da escuridão de seus pais. Depois, mais tarde, um adulto ambicioso e talvez um ser humano desprovido de emoções verdadeiras.

Tanto que não existe frase mais verdadeira do que a "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". É a Raposa falando sobre a verdade, no livro o Pequeno Príncipe.

Por isso nunca escondi nada do Lucca. Sempre procuro explicar de uma maneira que ele, no alto de seus nove anos, entenda. Por pior que seja a situação, ele está sempre por dentro.

Não quero um filho alienado.

Quero alguém que entenda que ser pai-e-mãe nem sempre (ou quase nunca) é fácil. É não ter respostas na ponta da língua sobre a anatomia masculina diante de perguntas como "por que meu pipi cresce toda manhã?". Ou então, ser surpreendida com um "mãe, você tá com aquelas dorzinhas de barriga de mulher?", se referindo à TPM, diante de um choro meu ou de um momento de ira.

Sim. O Lucca já aprendeu a ler os sinais.

Talvez porque eu converse muito com ele, às vezes me deparo com uma criança que argumenta diante de nãos ou diante de alguma solicitação que não lhe agrade. Ele esgota as possibilidades com fatos, argumentos, motivos. Não faz manha, nem malcriação. Expõe aquilo que pensa. Ele reforça sua vontade com discursos seguros e coerentes.

E eu me assusto porque vejo que ele se distancia quilômetros de seus coleguinhas com essas atitudes. Mas não deixa de ser uma criança que adora brincar, adora os desenhos da tevê, que empina pipa, anda bicicleta, de skate, cai e se rala todo, volta chorando e que, como num passe de mágica, depois de um beijo e de um afago, esquece tudo e volta para a brincadeira.

Mas o Lucca é especial. Talvez porque tenha sido criado no meio de adultos ou porque tem uma "pãe" maluca, que quer vê-lo crescer como um cara legal, honesto, ele procura sempre saber de tudo.

Lembro bem do dia que eu tatuei seu nome no meu pulso esquerdo e cheguei para buscá-lo no futebol e ele teve uma explosão de alegria, largando o jogo e correndo para me abraçar. Afinal, ele achava que seria o único aluno da escola que teria uma mãe tatuada com o nome do filho. E todo mundo na escola ficou sabendo da tatuagem.

Meu filho sabe o que foi (ou ainda é) a tal crise financeira mundial porque ao ouvir uma notícia no rádio, às 6h40, no caminho pra escola me perguntou sobre o assunto. E eu tive que rebolar pra ser o mais clara possível. Ao fim da explicação, veio a observação: "então foi por isso que você perdeu o emprego?". Respondi que foi indiretamente por conta disso, mas que tinha a ver.

Na hora do almoço, ao chegar em casa, ele pegou seu cofrinho, lotado de moedas, colocou sobre a mesa e veio com mais uma pérola: "pra te ajudar a manter a casa e comprar comida".

E eu desabei, orgulhosa por saber que estou cativando eternamente alguém que vê em mim um exemplo de luta, de dedicação.

Outro exemplo: quando voltei derrotada do Fórum, com uma pensão alimentícia ridícula decretada por um juiz que sequer leu o processo, o Lucca me perguntou o que havia acontecido. E eu contei a verdade, que o pai dele tinha ludibriado o juiz para pagar uma pensão bem pequena. Ele, aos prantos, respondeu que não era pra eu ficar triste porque sabia que eu fazia todos os dias o meu melhor, que dava tudo pra ele, que deixava de comprar pra mim pra dar pra ele, e que ele tinha orgulho de ter uma mãe como eu.

Neste dia ouvi a coisa mais linda do mundo, que fez com que eu passasse a me orgulhar muito de ser mãe-solteira, de ser, assim, guerreira, leoa - sem falsa modéstia.

Porque educar um filho é mais do que uma obrigação: é um ato de amor para uma criança que vai ser a concretização do futuro. E se eu quero um mundo melhor, que seja através dos valores que estou passando ao Lucca - seja nas nossas intermináveis conversas debaixo do edredon, antes de dormir, seja quando estamos brincando, seja diante de um gesto, em silêncio.

Por isso, já me antecipo e deixo aqui os parabéns pelo Dia dos Pais à todas as mães que, assim como eu, têm essa missão maravilhosa de formar pessoas sem o apoio de um pai.

Meninas, nós somos M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A-S!!!!


(postado por Andréa, que tem a certeza de que o Lucca é, na verdade, um anjo que veio para melhorar sua vida em todos os sentidos)