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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O maior show da Terra.


Segunda-feira de Carnaval, e eu, nostálgica que sou, me peguei lembrando de uma das maiores emoções que já vivi: desfilar por uma escola de samba, em pleno Sambódromo.

Foi em 2006, pela Vai-Vai, uma das mais tradicionais escolas de samba de São Paulo.

Na verdade, não foi nada planejado. É que eu trabalhava numa agência e um dos clientes que eu atendia tinha verdadeira paixão pela Vai-Vai, tanto que participava de todos os eventos, inclusive os de responsabilidade social da agremiação.

Daí que minha gerente teve a única idéia interessante de sua vida (sim, ela era uma porta de tão burra): levar os executivos da empresa e mais alguns jornalistas para desfilar. Pois não é que deu tudo certo?! Até os executivos americanos (a matriz da empresa fica nos EUA) caíram no samba e eu, como boa assessora de imprensa que sou, fui junto.

Ficamos todos num camarote bem ao lado do recuo da bateria, portanto, aquele som todo - maravilhoso - que ouvimos pela televisão, batia forte no peito. Assistimos quase todas as escolas daquela sexta-feira porque a Vai-Vai foi a penúltima a entrar na avenida.

Juro, a hora em que a Gaviões da Fiel deu seu grito, achei que o Sambódromo viesse abaixo tamanho foi o entrosamento das arquibancadas com a escola.

O mais engraçado é que a coisa contagia tanto, que até aqueles que não são muito fãs de samba ou de carnaval, acabam se entregando ao momento. Porém, engraçado mesmo foi ver os executivos americanos, branquelos que só, tentando sambar e cantar. Tenho certeza de que eles nunca mais esquecerão daquela noite!

Bem, a certa altura peguei minha fantasia (que era bem bonita, tipo uma representação de Vasco da Gama, com penacho na cabeça) e lá fui eu pra concentração. Devia ser umas 5 horas da manhã, estava escuro ainda. O samba-enredo contava a história da cidade de São Vicente, no litoral paulista, e tinha um trecho que dizia assim:


Divina luz que vem do céu, clareia

deixa clarear!

Nossa mistura de pele

deu samba na veia, incendeia


E não é que quando entramos na avenida estava amanhecendo e esse refrão fez com que TODA a arquibancada se levantasse e cantasse junto?!

Achei que fosse ter um treco de tanta emoção. Cantei, fiz a coreografia, fui a estrela do meu palco particular. No final do desfile desabei a chorar porque fomos aplaudidos de pé.

Infelizmente perdemos o título daquele ano para a Mocidade Alegre por meros 0,25 pontos.

Não importa... Fui campeã da alegria em todos os quesitos.

Um dia ainda desfilo de novo.


Ah! e para quem não se lembra do desfile de 2006, deixo aqui um trechinho do vídeo (mal gravado, ok), mas que dá pra ter uma idéia do que foi a minha emoção:




Postado por Andréa


(A minha alegria atravessou o mar/ e ancorou na passarela/ fez um desembarque fascinante, no maior show da terra/ será que eu serei o dono dessa festa?/ o rei no meio de uma gente tão modesta/ eu vim descendo a serra, cheio de euforia para desfilar/ o mundo inteiro espera/ hoje é dia do riso chorar/ levei o meu samba pra mãe de santo rezar/ contra o mal-olhado eu carrego o meu patuá/ )

1 comentários:

Di Valente disse...

Quando vc viaja, conhece alguém e fala que mora no Brasil, existem duas coisas que vc houve, Carnaval e Futebol. Acho humanamente impossível não relacionar as duas coisas. O Futebol é elogiado pelo esporte em si, mas claro que no caso do carnaval existem outras coisas nas entrelinhas, bundas, peitos. Os gringos adoram o carnaval ou adoram ver aquela mulherada, vulgar, mostrando a bunda e os peitos ? Pq pra mim o carnaval tem apenas esse sinônimo, de vulgarizar a mulher brasileira, aliás, quando vc viajar, diga para um gringo que vc é brasileira ! O Resultado para um affaír é quase imediato, pq será hein ?

RSRS