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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vamos Organizar a Casa????


Provavelmente, em algum momento de sua vida, você já se sentiu confuso ao chegar a uma residência. Não achava a campainha, não sabia por qual porta entrar. Batia palmas, chamava, mas ninguém atendia, embora houvesse gente em casa. Ia por um lado, voltava, tinha medo de avançar ... e se tivesse um cachorro? Realmente, algumas casas são confusas para quem chega pela primeira vez.

Mais do que facilitar a vida dos visitantes, uma casa com entrada bem localizada e em bom estado facilita também a chegada dos bons fluídos.
O Feng Shui, técnica chinesa de harmonização de ambientes, age no sentido de corrigir os pontos negativos e, principalmente, atrair energias saudáveis para um ambiente. Os próprios moradores criam energias positivas ou negativas dentro de casa, a partir de seus pensamentos, sentimentos e hábitos. Mas também podem atrair bons fluídos para dentro do lar.

Mas, por onde entrariam os tais bons fluídos? Pela porta, é claro! E para que você entenda de forma bem clara como é a filosofia do Feng Shui, vamos tratar o "Chi" - as boas energias, que trazem felicidade, saúde, prosperidade e harmonia - como um ser humano, um amigo muito querido e esperado, certo?!
A simpatia, atração, bem estar, repulsa, nojo e mal estar são sensações que afetam tanto os seres quanto o "Chi". Tudo de bom, harmonioso e saudável que você fizer em sua casa para agradar a si mesmo, aos familiares e aos amigos também estará fazendo para agradar ao "Chi".

Quando recebemos amigos muito queridos em casa, preparamos tudo com antecedência: a limpeza do ambiente, a comida, música e todas as formas de tornar a estadia deles o mais agradável possível. Na hora marcada a campainha toca, você abre a porta da frente e os recebe com os braços abertos, preparados para um forte abraço. E é exatamente assim que vamos receber nosso amigo "CHI", que sempre entra pela porta da frente de nossa casa.

Aliás, nossa casa e seus cômodos estão carregados de simbologia. A porta da frente está relacionada com a boca da casa e se existem janelas, simbolizam os olhos. Por isso as janelas devem estar sempre muito limpas, caso contrário, a sujeira e o embaçamento atrapalham a visão e busca de novos horizontes por parte dos moradores. Vidros quebrados, então, nem pensar, substitua-os assim que quebrarem. Outra dica importante é sempre usar vidros transparentes. Os moradores precisam ter uma visão clara e nítida da rua e arredores. A privacidade fica por conta das cortinas ou persianas.

Imagine agora que você vai receber um amigo muito querido ou alguém importante e cerimonioso. Quando ele chega a sua casa, a campainha não funciona.
Ele é obrigado a gritar, bater palmas ou esmurrar a porta. Desagradável, não? Quando tentar entrar terá dificuldades, porque o portão está em péssimo estado, sem pintura, com pontos de ferrugem e fora de prumo. Mas nosso amigo tem boa vontade e entra. Até chegar à porta de entrada tem de desviar de coco e urina de cachorro.
Tudo bem, ele segura a respiração e continua. Passa por um jardim mal cuidado, cheio de ervas daninhas, plantas ressequidas e abandonadas. Em meio a esse cenário, nosso amigo felizmente nem repara na pintura antiga e nas rachaduras na parede.

Você teria prazer em frequentar um lugar assim? Nem o 'CHI'. Nada o obriga a entrar em casas mal cuidadas e sujas. Limpeza e manutenção básica são vitais para atrair o 'CHI' e seus bons fluídos e dependem mais de boa vontade do que de dinheiro.

Nosso amigo 'CHI', agora vai entrar em casa. Visita importante entra pela porta da frente, certo? Nada de entrar pela cozinha ou quintal. Eu particularmente acho muito desagradável as famílias que simplesmente aposentam a porta da frente, fazendo todas as entradas pelos fundos. Afinal, as pessoas mais importantes são seus moradores e estes merecem todo respeito, carinho e honras. Mas, independente de minhas preferências pessoais, o 'CHI' acabará entrando também pelas portas dos fundos, transformando-a em porta principal, se esse for o hábito da família.

A porta principal deve estar em ótimo estado para receber nosso amigo 'CHI'. Limpeza, pintura em ordem, sem pontos de ferrugem ou madeira comida. A porta deve abrir-se com facilidade e ter as dobradiças bem lubrificadas. Nunca coloque móveis ou entulhos atrás das portas, que precisam se abrir por completo e livremente para facilitar a entrada do 'Chi'.
E por falar em porta, a maçaneta poderia ser considerada as mãos da casa. Tocar na maçaneta seria como apertar a mão do dono da casa. Um aperto de mão deve ser firme e objetivo, caloroso, sem apertar demasiadamente. O extremo oposto seria a famosa mão mole, aquele que apenas encosta a mão e não passa firmeza e personalidade. Uma maçaneta quebrada, enguiçada ou frágil demais passa essa impressão. O ideal seriam as de metal polido e com formato que transmitisse a idéia de solidez e poder de fechar a casa às influências indesejáveis.

9 Dicas para uma entrada harmoniosa:

1) Evite portas com pinturas em mal estado, com a madeira comida ou enferrujadas (no caso das de estrutura metálica). Nada de campainhas quebradas, portas emperradas e cheias de entulho que atrapalhem a livre passagem

2) As maçanetas devem estar em ótimo estado e passar a idéia de solidez

3) A entrada da casa deve ser alegre e convidativa. Plantas e flores são sempre bem vidas, desde que estejam muito bem cuidadas. Cercas vivas dão a sensação de proteção

4) Os cuidados com a porta da frente também valem para o portão e cercas. Observe também a pintura da fachada e estado geral do piso

5) A porta da frente deve ter tamanho proporcional à construção e ser sempre maior do que a porta dos fundos. O lado esquerdo é a melhor localização para uma porta de entrada, quando se está de costas para a residência. A solidez da porta também é importante, as de madeira são preferíveis às de vidro

6) O ideal é que a porta da frente sempre abra para um terreno plano e nunca para descidas ou subidas. Uma subida simboliza obstáculos e frustrações. Uma entrada no topo de uma escada é considerada positiva. Para estimular o "Chi", cultive plantas nos degraus.

7) A entrada principal deve oferecer proteção contra o mal tempo.

8) A porta da frente deve ser encontrada com facilidade, por isso o cuidado com a iluminação é muito importante. Pode ser muito positivo, também, você pintar a porta de uma cor contrastante com as laterais da casa.

9) E, para complementar, se houver espaço, coloque uma fonte de água, banheira de passarinhos ou chafariz na entrada, o elemento água está relacionado com prosperidade e sorte.

Esta semana tirei para organizar a minha casa.bom para quem me conhece há anos sabe que em matéria de organização sou péssima,apesar que dei uma melhorada.Tenho certeza que serei uma pessoa 100% organizada daqui uns tempos.Mas como pode uma pessoa organizada e estabanada ,não sei pegar um pano de prato sem bagunçar os outros,por mais que pegue com delicadeza(uma coisa que não sou...)
Mas espero que esta matéria ajude as pessoas terem uma casa mais harmoniosa...

Seja bem vindo a minha casa....

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Meu "caso" com S. Pedro


Eu já estava com a ideia pronta na cabeça sobre o que escrever hoje, tinha até feito um esquema, mentalmente, sobre como eu destrincharia o texto. Mas o dia amanheceu como ainda está agora: nesta chuva absurda. E, nem por um minuto hoje, eu olhei pela janela e vi que a chuva tinha parado. E então eu confirmei o que já me perguntava há algum tempo: é verdade, São Pedro tem sérios problemas comigo.
É que, para quem não sabe, hoje é meu aniversário (eba!!! amo fazer aniversário!!). E, como acontece há 28 anos, está chovendo nesta data. Daí você deve se perguntar: como ela sabe que estava chovendo há 28 anos, se tinha acabado de nascer? E eu te respondo: histórias que a vida conta, meu caro...
Diz minha mãe que, na terça-feira, dia 22 de setembro de 1981, ela estava na casa da minha avó quando sentiu que a bolsa estourou. Depois da correria com a única filha mulher da minha avó e primeiro neto que estava a caminho, conseguiram se organizar e levá-la para o hospital. Mas que a dificuldade aumentou ainda mais porque fazia um tempinho pra lá de chato neste dia, com uma garoa e muito frio. Eis que eu não quis nascer neste dia, enrolei a noite toda e resolvi nascer só no dia seguinte, às 7h30 da manhã, ainda de parto cesárea – o que foi um espanto para minha mãe na época. E, neste dia 23 de setembro, que marca o início da primavera, estava chovendo muito. Até pedrinhas, diz o meu pai. E foi sob esta chuva torrencial que eu nasci e é sob esta chuva que venho comemorando meus aniversários desde então.
Lembro de uma festa que minha mãe fez pra mim, nos meus 7 anos. A festinha foi na casa da minha avó, onde morávamos, e tinha um quintal enorme no fundo, onde todos os meus amigos e eu queríamos brincar e dançar com o meu novo presente: o disco da novela “Carrossel”... (ai meu Deus!!!) A ideia era todo mundo dar as mãos e pular dos banquinhos quando a música tocasse: “embarque neste carrossel...”. Mas ninguém conseguiu aproveitar a festa, que foi frustante, com todo mundo dentro de casa, na sala, ouvindo o disco, porque lá fora, S. Pedro não dava trégua. Fiquei traumatizada...
Bons anos depois, quando eu tava planejando meu casamento, disse que gostaria de casar no frio, pra maquiagem não ficar derretendo, não sair suada nas fotos, enfim, porque no inverno as pessoas ficam mais bonitas. Acontece que eu marquei meu casamento pra outubro e, óbvio, tava calor. Um dia antes do meu casamento foi tido como o dia mais quente daquele ano, pra você ter uma ideia. Então você me diz: se estava todo este calor, não choveu no seu casamento né? E eu te respondo: resposta errada!
Dia 14 de outubro de 2005 choveu. Choveu muito. Claro que não choveu durante o dia. Começou chover às 19h00, quando eu estava saindo do meu dia da noiva para ir pra igreja. Eu não tenho fotos entrando no carro alugado – e carésimo – porque não dava pra tirar foto da noiva correndo, tentando entrar no carro com o guarda-chuva. E também não tenho foto saindo do carro, na porta da igreja, porque os seguranças tiveram que me ajudar a sair do carro, com seus enormes guardas-chuva, para não molhar meu vestido e estragar meu cabelo. Eu entrei na igreja ao som da marcha nupcial e trovoadas.
Outros anos depois, quando meu filho nasceu, nem preciso dizer... Fui pra maternidade sob garoa e saí, 3 dias depois, embaixo de chuva. E no primeiro aniversário dele todo mundo chegou atrasado porque estava chovendo. No segundo, nem comento... plena sexta-feira na cidade de São Paulo, sob chuva forte.
Dizem por aí que chuva significa sorte. Em quê, eu não sei, mas dizem que é sorte. Espero que seja mesmo, porque senão, vou começar a bater um papo com São Pedro, pra ver quais são seus problemas comigo.
O que eu sei é que hoje estou comemorando mais um aniversário embaixo de chuva e com frio. Mas estou feliz porque estou aqui, ao lado das pessoas que eu realmente amo, podendo dividir este texto e minhas histórias, recebendo os parabéns e o carinho dos amigos que eu sei, são verdadeiros. Taí, acho que descobri qual é a minha sorte: poder comemorar mais um ano de vida com tantas amizades tão verdadeiras.
E que venha a chuva!

Postado por Denise (A foto acima foi tirada às 11h30 de hoje, quando eu estava tentando enxergar alguma coisa, enquanto buscava meu filho na escola).

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O amor não é uma obrigação


Parece bobagem, mas essa é a mais absoluta verdade: ninguém é obrigado a amar ninguém.

Não é porque se vive muitos anos ao lado de alguém que se tem obrigação de amar. Às vezes o amor vira amizade, às vezes é transformado num monstro carregado travestido de outros sentimentos ou fatos que não foram superados.

E isso acontece com qualquer um - homem, mulher, pais e filhos.

Bem, ao longo da nossa vida vamos acumulando tarefas e, quanto mais adultos nos tornamos, mais responsabilidades vamos adquirindo. E essas responsabilidades estão em todos os segmentos da nossa vida, seja no financeiro, seja no emocional, no profissional ou familiar.

Porém, a maior responsabilidade que uma pessoa pode ter é a educação de um filho. E essa é uma obrigação que levamos pro resto de nossas vidas. Aliás, como já escrevi aqui anteriormente, o que os nossos filhos se tornarão quando adultos depende diretamente dos exemplos e do amor que damos a eles.

E essa é a parte mais complicada da coisa.

Quando eles são pequenos, somos levados pelo instinto de "proteger", "cuidar" e "amar". Esses são fatores elementares que qualquer pai e mãe (responsáveis) têm. Conforme nossos filhotes vão crescendo, já não querem mais tanta proteção e cuidado, e acham que podem se virar sozinhos, mas continuam exigindo o amor. Quando se tornam adultos, filhos continuam como "crianças" para seus pais (ainda hoje eu ouço minha mãe perguntar para minha tia como vão as crianças, que têm 24 e 30 anos cada uma) e todo o amor e exemplo que receberam são aplicados com os próprios pais, com seus parceiros, com seus amigos e próprios filhos.

Isso é ordem natural da vida.

Porém, o que eu questiono hoje é o tom que imprimimos nesse "cuidar" e nesse "amar".

Me pego pensando - quase que diariamente - se estou abrindo espaço demais para o Lucca ou se estou mantendo a redoma de vidro. Porque meus pais me mantiveram assim até os 15 ou 16 anos: fechada para o mundo real, vivendo a realidade que eles consideravam segura para mim e insistindo de que isso era amor. Daí, quando conheci o que era, de fato, a vida, dei um milhão de cabeçadas por não ter sido preparada antes. E tomei uma infinidade de broncas, de castigos por ter errado.

Digo tudo isso porque vejo a minha situação como mãe solteira do Lucca. Eu tento prepará-lo, deixá-lo mais apto para as adversidades, para superar obstáculos. Nunca faço por ele, afinal, quem vai enfrentar o monstro nosso de cada dia é ele mesmo. E cabe dizer aqui que me dói pacas vê-lo apanhando em alguma situação - seja numa redação, que ele destesta fazer, seja num jogo que ele não se sai bem.

Não importa. Sigo acreditando muito naquele ditado que diz que a gente cria os filhos pro mundo. E se eu quero um mundo melhor, que seja por meio da educação do meu filho.

No entanto, também conheci um outro exemplo, só que nesse caso, negativo. E a vítima absoluta dessa história toda é o Zé.

Todos sabem que ele deixou sua vida própria de lado pra cuidar da sua mãe e assim o fez durante seis anos. E por quase cinco anos eu acompanhei de perto toda essa luta, por isso posso dizer que, apesar de parecer tão heróico, o ato foi resultado de um mix de amor e opressão.

Desde muito pequeno ele foi subjugado. Aliás, quem tem mais de 30 anos deve se lembrar de como era a educação - rígida, imposta, sem espaço para crianças, que eram alienadas do mundo,e na base do tapa, da chinelada.

Só que com ele a coisa foi mais pesada, tanto é que eu ouvi histórias que me deixaram estarrecidas, principalmente quando foram confirmadas por parentes, por sua mãe ou por seu irmão. Como quando ele apanhou com cinco dias de vida porque não parava de chorar e ela queria dormir. Ele tomou uma palmada na bunda com cinco dias de vida!!!

E muitas outras vezes ele voltou a apanhar porque também virou uma criança espivetada e um adolescente difícil.

Porém, ela construiu uma ligação muito forte com ele e eu acredito piamente que foi por meio do medo de ficar sozinha, afinal, ela ficou viúva muito cedo. Por isso subjugou o Zé e o fez criar uma dependência absurda. Mas, na verdade, era ela quem dependia dele pra tudo, tanto que o transformou um substituto para seu marido e, no papel de mãe, além da companhia, exigia obediência às suas ordens e o fazia acreditar que ele tinha obrigação de parar tudo por ela, já que tinha dado a vida a ele. E ele, obedecendo por ter certeza de suas obrigações, fazia tudo correndo para agradar.

No fim de todo o processo da doença dela, ele estava fazendo o trabalho da empregada: lavava, passava, cozinhava, limpava a casa toda, esfregava o chão. E a diarista, que ia semanalmente, passou a ir a cada quinzena. Ele era tratado como um empregado, um subordinado que, em troca de casa e comida, tinha tarefas a cumprir. Às vezes ela lhe dava uns afagos e lhe pedia para que nunca a abandonasse - por nada e por ninguém - porque ela nunca iria abandoná-lo.

E cada vez que eu questionava, era surpreendida com um discurso de que aquilo sim era amor entre mãe e filho. Não duvido de que ela o amava muito mesmo. Aliás, penso que esse amor absurdo foi resultado de tantas coisas tristes e pesadas que ela viveu. Por isso, tomou o Zé só para ela, como uma forma de se sentir amparada.

Quando ela morreu, ele entrou em parafuso. Não havia mais ninguém para lhe ordenar, para lhe dizer o que fazer, nem para dirigir sua vida.

Ao contrário do que todo imaginavam, ele não se libertou.

Contei toda essa história porque fiquei profundamente triste em ver como o Zé está perdido, sem saber por onde ir, de que forma começar. E porque esse é um exemplo de como a obrigação no amor pode até mesmo acabar com a vida de uma pessoa.

Que ele tem uma parcela de culpa nessa história toda, ele sabe que tem, e até já admitiu. Porém, foram quase vinte anos vivendo assim, e ninguém se despe de um fardo tão grande como esse do dia pra noite.

Ontem ele me disse que queria morrer, já que não vê mais utilidade nenhuma em sua vida, e a tristeza e saudade estão falando muito alto também. E ele chorou como uma criança de cinco anos que quer ter seus parâmetros de volta, mesmo sabendo que está tudo acabado. Não deve estar fácil a adaptação de viver sozinho, escolher sozinho, ser feliz sozinho.

E eu fiquei sem dormir, pensando em tudo isso. E cheguei à conclusão que, por mais que eu me sinta sozinha, jamais vou obrigar meu filho a estar comigo e a me amar. Porque o amor - definitivamente - não é uma obrigação.


Postado por Andréa (que apesar de tudo, ainda ama o Zé e acredita que ele vai sair dessa e construir uma vida muito feliz).

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Este Mal Necessário


Há alguns meses, quando decidi que não trabalharia mais como jornalista eu sabia que estava abrindo mão não só de manter meu networking, mas também de algo pelo qual todos nós trabalhamos: dinheiro. Eu sabia que teríamos apenas um salário em casa, que faríamos algumas concessões e que a vida ia tomar um destino um pouco mais diferente.
Eu decidi assumir este risco e me fiz acreditar que seria melhor assim. Afinal, não há bônus sem ônus e esta seria só mais uma vez, entre tantas que eu já vivi, que teria de fazer sacrifícios. E assim foi e está sendo feito.
No entanto, quanto mais o tempo passa, mais eu percebo o quanto eu sinto falta de ter minha independência, conquistada aos 17 anos. Sim, porque desde esta idade que eu não peço nada para meus pais nem para comprar um esmalte. Paguei sozinha minha faculdade, meu carro, minhas roupas, baladas e viagens. Dona do meu nariz e das minhas contas.
Quando eu decidi dar alguns passos para trás, para poder seguir em frente, eu pensei muito mas não tinha noção de que daria também tantos passos financeiramente.
Estou escrevendo tudo isso porque estes dias me vi fazendo contas com o meu marido para saber quanto teríamos até o fim do mês, quando poderíamos comprar isso ou aquilo e, principalmente, quanto vai faltar para quitarmos o mês. E me senti uma inútil olhando que tínhamos muitas despesas e que, de minha parte, não entraria nenhuma receita. Eu voltei no tempo e me senti uma criança. Quando falei isso para o meu marido ele me disse que estava agindo como uma boba, que era o dinheiro da casa e não dele ou meu. Mas alguma coisa na minha cabeça ficou martelando – uma culpa, sabe?
A impressão que eu tenho é que esta culpa me segue pelo que quer que eu faça. Quando eu trabalhava fora, me sentia culpada por não ficar em casa, não ter tempo pro meu filho e meu marido. Culpa em não me ouvir e ir atrás dos meus sonhos de mudar de profissão. Hoje, quando cedi à estas culpas, surgem novas.
Fico pensando em porque nunca está como queremos que esteja. Porque sempre tem algo que nos faz repensar momentos e decisões. Porque nem sempre estamos satisfeitos? Isso me parece muito egoísmo, tendo em comparação tantas situações que vemos por ai.
Seja como for, é cada vez mais nítido que o dinheiro, este mal necessário, pode nortear decisões, mesmo que inconscientemente. Cabe à nós lembrar quais foram nossas escolhas para não desvirtuar dos nossos objetivos. E agora, neste momento, cabe a mim parar de me culpar por tudo o que acontece. Porque só assim, talvez, eu possa voltar a dormir em paz.

Postado por Denise

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O que faz Você Feliz???



Sei que esse é exatamente o título que um Hipermercado usa em uma propaganda na TV, e por incrível que pareça, toda vez que eu assisto eu reflito, por isso resolvi pegar emprestado.

Então me diga você já parou p/ pensar no que te faz feliz?????Eu estava pensando esses dias, e cheguei à conclusão que no meu caso, bons momentos me fazem feliz, e a emoção e intensidade que eu dou a cada um deles é o que importa, porque assim como eu, vocês já perceberam que a Felicidade é feita de momentos.
Para mim, coisas simples me fazem feliz:
Dar gargalhada com os amigos é um deles;
Estar presa no transito, furiosa e de repente olhar o nascer do Sol;
Chegar em casa e ver o rabinho do meu cachorro enlouquecer de tanto abanar;
Comer mussarela com goiabada;
Assistir o meu programa preferido, e se você me perguntar qual é, eu vou responder: vários;
Sentir o cheiro do meu travesseiro limpinho;
Realizar um desejo seja ele qual for;
Pensar nas pessoas que eu amo;
Estar com as pessoas que eu amo;
Receber um elogio ou uma critica das pessoas que eu amo;
Viajar;
Encontrar as amigas e amigos;
Ficar bem naquela roupa;
Beijar com sentimento;
Acreditar no amor sempre;
Amar a vida;
Perceber o quão feliz eu sou por ter amigos MARAVILHOSOS sempre perto;
Encontrar um casal de amigos que eu amo em plena quinta feira e ficar até as 4 da manha conversando e esquecer que o dia seguinte é dia de trabalho;
Tentar entender minha família;
Estar com a minha família;
Sempre dizer as pessoas o quanto elas são especiais;
Ver a lua e imaginar o quanto a terra é grande e Linda;
Viver cada dia de uma vez e tentar aprender sempre.

Sei que vocês devem estar achando que eu to forçando a barra falando dessa maneira, e Não vou dizer que talvez até concorde com vocês, Porque me digam quem é tão feliz assim o tempo todo não é mesmo?? Mas eu tenho sim meus momentos de tristeza, insegurança, angustia e solidão, e pode não parecer, mas enquanto eu estou escrevendo esse texto, eu to me sentindo muito agoniada, só que eu prefiro Não dar mais tanta importância para esses sentimentos, porque quando penso na lista acima, vejo o quanto a vida é boa e o quanto vale a pena viver, acho que o Bônus é muito mais valioso que o Ônus.

E você, já pensou o que faz você feliz????


Postado Por Juliana.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ódios Cotidianos.


Detesto lavar louças. "Prontofalei"!

É verdade.

Talvez não exista coisa mais insuportável para mim do que lavar louças: só de olhar a pia cheia de pratos, copos, talheres e panelas me esperando, sinto arrepios. Mas infelizmente tenho que fazer essa atividade, já que não conto com secretárias do lar.

Para isso, uso luvas de borracha e muito detergente - do tipo biodegradável pra consciência não ficar tão pesada. Aliás, hoje em dia o meu sonho de consumo é uma torneira com água quente, só pra não ter que ficar aquecendo água na chaleira ou no microondas para lavar mais rápido a louça. Até tenho máquina de lavar louças, mas acho um desperdício de água e luz por apenas um par de copos, pratos e talheres. Sem contar que não dá pra enfiar as panelas lá.

Também vou confessar: lavar banheiro e cozinha não são tarefas que faço com prazer. Principalmente a minha cozinha, cujos cantos são caídos e o ralo, que fica lá na lavanderia, é mais alto que o Everest, e está localizado logo abaixo do tanque e ao lado da parede. Ou seja, cada vez que invento de lavar a cozinha e área de serviço, perco umas duas horas e cerca de 800 calorias (tinha que ter alguma vantagem nisso tudo, né?).

Talvez eu não tenha sido treinada para isso, muito embora eu saiba fazer de tudo mesmo. Muita coisa foi minha mãe quem ensinou porque ela é uma dona de casa nata, daquelas que abrem mão de empregadas por considerar que essas profissionais não fazem o serviço tão bem quanto ela. Acontece que, como disse antes, não fui treinada para isso. Ou seja, traçando um paralelo com minha mãe, enquanto a geração dela sabia que era isso que tinham que fazer e ponto final, a minha turma estava na faculdade, pensando em como ingressar no mercado de trabalho ou, como no meu caso, viajando para atender clientes de fora de São Paulo, tomando o primeiro vôo para Curitiba, Florianópolis ou Porto Alegre e voltando no último avião para pousar em Congonhas. Com isso, as tarefas domésticas ficaram esses anos todos a cargo da minha mãe.

Tenho muitas amigas que não sabem sequer fritar um ovo, nem separar roupas por cores na hora de colocar na lavadora. Aliás, outro dia ouvi uma história hilária: a mocinha (amiga da minha prima Danuza) havia acabado de se casar e, para agradar o marido, comprou umas torradinhas, uns queijinhos e colocou água para fazer gelo, para oferecer um uísque quando ele chegasse em casa. Pois bem, estava tudo ok, até que o gelo não saía das forminhas que, por sua vez, tinha um formato estranho. Resumo: ela colocou a água no suporte de apoio para os ovos, pensando ser a forma de gelo.

Definitivamente a minha gereção não veio para isso. E eu acho um absurdo sermos julgadas por não sabermos fazer essas coisas! O pior é que ainda existem homens que acham que deveríamos ser iguais às suas mães nas tarefas domésticas, além de, claro, trabalharmos fora e a noite estarmos lindas, cheirosas, depiladas e dispostas a dar.

Mas, voltando aos desafios cotidianos, existem coisas que eu amo fazer, e faço tranquilamente, com prazer mesmo.

Uma delas é cozinhar.

Acho uma delícia preparar a comida, mesmo que cotidiana - arroz, feijão, carne, salada. A única coisa que eu ainda estou me acostumando é a questão da quantidade, que diminuiu bastante, já que agora sou só eu e o Lucca (porque meu irmão fica mais tempo fora de casa devido ao novo trabalho).

Mas mesmo assim cozinhar é uma coisa que me dá prazer. Tanto que adoro quando as meninas vem comer aqui em casa. Aliás, curto muito receber meus amigos com coisinhas gostosas e um bom vinho.

Outra coisa que não ligo em fazer é passar roupas. Faço do jeito que sei fazer, mas não morro porque a camisa não está impecável. Tomo cuidado com colarinhos, vincos em calças, procuro usar um peçado de pano de algodão sobre algum tecido que tenho dúvidas ou que considero delicado, assim como com estampas e relevos (já que as camisetas do Lucca são mega-estampadas). Só não sei engomar.

Também não me importo em esfregar meias ou camisetas do uniforme do meu filho, que chegam em casa como se ele tivesse rolado por todo o chão da escola. Mas, no caso das meias, tomei uma providência: comprei meias nas cores preta, marinho, e mescla principalmente. As brancas já são minoria na gaveta.

Só sei que com a minha escolha em morar sozinha tive que deixar certos "ódios cotidianos" de lado e por - definitivamente - as mãos na massa.

E se, por acaso, alguém não me quiser só porque odeio lavar louças, saibam que tenho outras tantas qualidades, como por exemplo, saber dividir tarefas. Ou seja, eu cozinho e você lava, ok????

(postado por Andréa, que só não compra artigos descartáveis porque sua consciência ecológica ainda é maior que seu ódio em lavar louças)

domingo, 13 de setembro de 2009

nanananananana



Leandro Lugli

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sem Idéias.Será???


Eu queria tanto escrever algo legal, fazer um texto interessante, criativo e original, porém nada me vem à cabeça. As idéias que dificilmente vêm se esvaem tão fácil que não as consigo guardar. Nem mesmo anotando, pois quando vou olhá-las, já não me parecem idéias tão geniais. É assim, com os textos, é assim com minha vida. O que hoje é algo fascinante, amanhã já se tornou algo comum para mim.

Não é por falta de pensar que não tenho idéias. Eu penso, penso muito, acho que até demasiadamente. E ás vezes penso que é por ter muitas coisas simultâneamente em minha cabeça, que não consigo captar uma sequer e a transformar em palavras.
Penso em minha vida, na vida dos outros, no mundo, nas atitudes e suas consequências.

Ultimamente eu venho reflitindo sobre como o mundo anda alienado. No modo em que as pessoas se vestem( com batinhas florais, um short minúsculo, óculos gigantes e papete da" planet monkeys"), no jeito que conversam e trocam idéias (as vidas nunca estão ruins, tá tudo uma beleza e todo mundo tá pegando geral, quieta e sem peguete?Não isso ninguém nunca está.) , penso em como o orkut se tornou um programa de auto-promoção social, e em como ter um perfil lindo e 300 fotos de baladas diferentes, com 30 comentários em cada, é ter status e ser "special" e pop. Mas eu penso em algo pior que não chega à uma resposta nunca. Sempre me pergunto em como conseguirei fugir deste mundo? Sendo que tudo me puxa, e me arrasta pra ele! Não posso negar que estou me alienando, que minhas roupas são da moda, e que sim, eu quero ir á 300 baladinhas, mas posso negar que meus pensamentos são massificados, não, estes não são.

Porque, por mais que pense em mil besteiras juvenis, eu ainda faço parte dos jovens que ainda pensam(ou pelo menos, acham que pensam).
O que era pra ser um texto de idéias, acabou surgindo algo maisoumenos.
É acho que falar da falta de idéia, já é uma idéia. Será?

Postado por Gabriela (Autor desconhecido)

domingo, 6 de setembro de 2009

Hora da Faxina.



Sabe aquela vontade que te dá de dar repaginada na sua vida, fazer uma faxina geral, pois é, eu estou passando por isso nesse exato momento.
Eu nunca fui na verdade uma pessoa de planos e ambições, digamos assim, que eu sempre deixei a vida me levar, nunca pensei em plano de previdência, em guardar dinheiro para o futuro, etc etc, até porque no meu coração eu sei exatamente como a minha vida será.

Sempre dei mais valor para a opinião dos outros, do que para as minhas, e hoje com quase 31 anos e conforme algumas pessoas têm acompanhado eu estou enfim tomando consciência do meu espaço e de quem realmente eu sou, não que eu não soubesse, mas hoje esse processo esta se exteriorizando.
Hoje eu consigo ouvir e principalmente seguir com mais clareza as minhas opiniões e esse processo de faxina, de limpeza e porque não dizer também de “desapego” é extremamente necessário para a vida que eu quero ter e também tem se tornado um desejo, deixar para traz o que já foi e construir o que virá.

Algumas mudanças são externas, mas as mais significativas são as internas.
Acredito que esse processo seja simples, e vou começar essa “faxina” limpando e jogando fora toda a papelada que não tem serventia, e acreditem, eu tenho várias, até bilhetinho de namoradinho do primário eu ainda tenho ssrrsr, tickets de viagens, folhetos de shows, nossa até uma coroa de papel de um show Medieval que eu fui quando fui para Disney eu ainda tenho, nossa eu tinha 16 anos rsrs.

Coleção de papel de carta, adesivos, borrachas (acreditem), canetas coloridas, etc etc. Aaaah, e os sapatos que eu compro e nunca uso, esses também vão, Gente eu ainda tenho roupa com etiqueta, vê se pode uma coisa dessas, fora os bichinhos de pelúcia que eu tenho vários, apesar de que esses não saem, pois cada um tem uma historia.
Contas pagas há um tempão, etc etc.

Tenho tanta coisa que não tem serventia nenhuma, mas que por algum motivo eu ainda me apegava, talvez por medo de esquecer o meu passado, ou coisa parecida, e seja lá o que for que me prendia eu já estou mais do que pronta para deixar para traz.

Também vou redecorar o meu quarto, e por mais que a minha intenção seja ter o meu próprio canto, decidi que enquanto eu ainda morar na casa dos meus pais, vou deixar o meu quarto lindo lindo, e depois de ter eliminado tudo o que esta sem uso, vou desmontar o meu Guarda Roupa, redecorar o meu quarto arrumar tudo do meu jeito, como eu sempre quis.

Acho que fazendo essa movimentação, estarei trocando energias e, tirando o velho, eu acredito que estarei dando espaço para muita coisa nova que esta por vir.

E você topa uma faxina , mas daquelas mesmo.


Postado por Juliana

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Parabéns SOPHIA!!!!


Hoje escreverei em homenagem a pessoa mais importante da minha vida SOPHIA... Tudo bem com uma semana de atraso,mas vale a intenção.
No dia 25 de Agosto, a Sophia fez 4 anos. Fiquei lembrando desde de quando fiquei sabendo que estava grávida, na verdade todos falam que sabe quando ficou grávida mas comigo não foi assim.

Tudo começou de um relacionamento de 4 anos na época, estava até um pouco desgastado. Não sabia se realmente teria futuro,apesar de amá-lo demais.Aí no começo de Dezembro fizemos um cruzeiro,foi tudo mágico,parecia que estávamos resgatando o que estava perdido em nós,fiquei falando que esta viagem mudaria as nossas vidas.Foram 3 dias de pelo romantismo.

Aí no começo de Janeiro tive que fazer uns exames e descobri que estava grávida... Percebi que a minha vida mudou naquele momento, que não era mais sozinha na vida e comecei a amar aquele serzinho que nem sabia o que era,foi tudo perfeito....Cada mês tinha uma sensação diferente e vibrava cm isto...

Quando chegou o dia 25 tudo tinha mudado na minha vida, estava casada, com 28 Kg a mais... Logo na manhã fomos tomar café da manhã em um hotel,por que depois não poderia comer mais nada.Tive forças para ir ao cabeleireiro fazer,os pés,as unhas da mãos e a escova básica...Acha que eu deixaria a minha filha ter minha primeira visão sem escove,seria um trauma pelo resto da vida dela,cm certeza voltaria para minha barriga...

Fomos à carreata para maternidade, estavam todos os amigos do Bob, meus amigos a minha família inteira e a dele... Foi a maior festa....Nunca chorei tanto na minha vida de felicidade,ela era a bebezinha mais linda que já tinha conhecido..
Ela é o meu centro de tudo. Falo para todos que conheço que a mulher tem que ser mãe uma vez na vida,realmente só assim saberá o que é amar incondicionalmente...
A minha vida é acordar e viver para minhas filhas (desculpa Livinha, mas hoje a mamãe está falando só da Fifia)... rsrsrs,a mãe também te ama...

Fifia... Parabéns!!! Obrigada por você aparecer na minha vida e deixar tudo colorido... Mamãe,te ama muito!!!

Postado por Gabriela (parei de escrever, pois, não paro de chorar)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

An? Ahan... Nãn...Huumm...Ai!


Eu acredito que, salvo ficar em posição ginecológica, não tem coisa mais chata do que ir ao dentista. É um daqueles mal-necessários que a gente adia até não poder mais – ou não aguentar de dor. Eu detesto ir ao dentista. Sério mesmo. Fico com medo só de lembrar do barulho do bendito motorzinho e aquele cheiro do consultório me dá calafrios.
Eu pensei nisso tudo quando meu pai me incentivava a estudar odonto, seguindo o exemplo da esposa dele. Segundo ele, era uma profissão que dava dinheiro e era boa, não tinha porquê eu não fazer. Nesta mesma época, a Amanda, minha grande amiga da época do colégio, estava se preparando para prestar vestibular para odonto também e me incentivava a ir com ela. Hoje agradeço imensamente a mim mesma por não ter dado ouvidos às pessoas. Porque eu detesto ir ao dentista. Eu sei que estou sendo repetitiva, mas não posso correr o risco de que você, meu caro leitor, não entenda a ênfase do quanto eu detesto ir ao dentista.
É um conjunto de fatores que formam toda esta ojeriza. Começa primeiro, claro, pela dor. Sim, porque você só se convence de que precisa ir ao dentista quando aquele dente não passa mais despercebido. Ele dói, incomoda e não te deixa nem comer as coisas que você mais gosta. Ou seja, você já vai ao dentista com raiva. Chegando lá, você deita em uma cadeira que tem tudo para ser confortável, mas que é só encostar nela para sentir como se estivesse deitando em pregos. Depois, vem aquela luz bem no seu rosto. O dentista ajeita para sua boca, mas não tem jeito, você mal abre os olhos. Daí, você abre a boca e fica ali, “totalmente confortável”, sem conseguir engolir a saliva, mal respirando pela boca e com a bochecha doendo. Enquanto isso, o dentista pega todos aqueles equipamentos assustadores e começa cutucar partes que nem você conhece da sua boca. E é bem nesta hora que ele começa a te perguntar: “aqui dói?”
E cabe a você, pobre mortal com dentes podres, se entregar ao profissional e responder míseros: ahan, nãnã, hum hum, ai! E, mais engraçado do que isso, é que eles entendem o que você diz! Talvez, na faculdade, eles tenham aula de “desvendando a oratória de uma boca cheia de algodão”.
Estou falando tudo isso porque, neste fim de semana, como eu havia dito no post anterior, eu fui à Brasília, comemorar o aniversário do meu sobrinho. No meio da viagem eu senti o siso (sempre ele!) me incomodar. Parecia que estava nascendo outro. Foi ficando cada vez mais insuportável e, chegando lá, para minha sorte (ou azar) a irmã da minha cunhada é dentista. Pessoa boníssima a quem eu quero muito bem e por quem tenho um carinho enorme. Mas, é dentista...E com a maior boa vontade ela se ofereceu a ver o que eu tinha. Lá fui eu – já que a dor era maior que o desejo de dizer não. E, com todo o cuidado do mundo, mas ainda agindo como uma dentista, ela me deu o diagnóstico. Não lembro o nome, mas é algo na gengiva. Para sarar: remédios e bochechos. E aqui estou eu nesta jornada, cuidando, por obrigação, dos benditos dentes.
Quando será que vão inventar equipamentos mais bonitos e menos assustadores para os dentistas? E quando será que os produtos para bochechos terão gosto bom?
Depois de passar por todo o sofrimento de ir ao dentista, vem, talvez o maior sofrimento de todos: pagar a conta. É como se ele começasse a obturar – a frio e sem anestesia – todos os seus dentes de uma só vez! Você assina o cheque com uma dor no coração. E sai dali direto para o cardiologista! Pelo menos, lá, não tem motorzinho!

PS: Tem um vídeo mto engraçado no YouTube, de um comediante chamado Bill Cosby. Dá uma olhada, clique aqui.


Postado por Denise