Como qualquer mulher normal, em idade fértil, eu também menstruo. Desde os 11 anos de idade eu alimento a indústria dos absorventes higiênicos. Considerando que estou quase com 35, foram, até o momento, pelo menos, 280 menstruações. Aliás, hoje estou no 25o dia do meu ciclo, o que significa que em dois dias eu deixarei de ser um monstro.
Sim, porque menstruação pra mim é sinônimo de TPM das bravas. Uma semana inteira (e, às vezes, um pouco mais) de muita ira, gula, inveja, luxúria, preguiça, etc. Experimento quase todos os pecados capitais em sete dias – praticamente um por dia! Sem falar da depressão e do choro incontido.
Começo a perceber que as coisas estão saindo do controle pela forma de dirigir. A ira vem com uma buzinada por um semáforo que acabou de abrir ou por tentativas de ultrapassagens em locais impossíveis. Nesses dias tenho a sensação de que o mundo resolveu andar em marcha lenta.
Não serei hipócrita aqui: se sou eu quem toma a buzinada ou levo um farol alto bem no retrovisor, xingo, olho feio, acelero e não dou passagem. Tudo sempre com os hormônios fervilhando, é claro.
Daí vem a gula. E essa, minha amiga, deve ser parceira da ira, porque vem de uma forma tão avassaladora que nem dá tempo de conter. Nessas horas pareço uma refugiada somali, que não vê comida (principalmente chocolate) há meses. E eu como de tudo. Aliás, atire o primeiro modess quem nunca se consolou numa caixa de bombons ou se acabou em barras de chocolate ao leite.
Depois de comer feito uma vaca no pasto de engorda, eu choro, sinto culpa, ofendo as calças jeans, que agora têm modelagem menor, praguejo contra o sutiã, que não cobre meus peitos (que estão com o tamanho quase que dobrado) e sinto a angustiante vontade de me trancar dentro do guarda-roupa, com um saco de doces e um pacote de lenços, é claro. Porque nessas horas dá uma preguiça imensa de querer se arrumar, de ir namorar.
Também sinto inveja daquelas modelos magérrimas, que não engordam uma grama sequer porque não devem menstruar nunca! Assim como sinto uma cobiça danada por aqueles sistemas de interrupção da menstruação. Ah! Ainda vou colocar um daqueles...
Quando consigo me vestir (com uma roupa horrorosa, porque nesses dias nada fica bom), vou encontrar meu namorado, que é todo amor e atenção comigo, e ainda diz que eu estou linda. Pronto! Bastou a primeira palavra mal-entendida para que eu entre em erupção tal qual um vulcão ativo: voa lava pra todos os lados.
Me responde: como posso estar linda se a roupa é ridícula, estou inchada, tenho espinhas no rosto, estou parecendo um monstro!?
Só sei que falo impropérios, grito, esmurro o volante (por quê as crises têm que ser dentro do carro, hein?) e, cada vez que ele tenta balbuciar alguma coisa, mando o coitado calar a boca, porque, afinal, ele não me entende, certamente não me ama tanto quanto amava a ex... E o showzinho começa, sem hora para terminar e com direito a muitos “bis”.
Quando finalmente acaba, adivinhem o que eu faço?? Eu choro!!
Depois de explodir feito uma mulher-bomba iraquiana, eu me acabo em lágrimas, soluços e pedidos de perdão. Ele sempre perdoa, dizendo que sou louca, que preciso ir ao médico e me tratar.
Aí fazemos as pazes e então... os hormônios entram em ebulição novamente e a luxúria vem com tudo. Junto com ela vem as encanações do tipo “apaga a luz agora (senão você vai ver minha barriga inchada)”, “não dá pra dar de quatro hoje (senão você vai ver minhas celulites)”, e outras tantas que eu vou achando noite afora.
Depois de toda essa saga, ele sabiamente me pergunta:
- Em que dia do ciclo você está?
- 25o dia. Por que, hein??
- É que falta apenas dois dias pro monstro voltar a virar médico.
Sim, porque menstruação pra mim é sinônimo de TPM das bravas. Uma semana inteira (e, às vezes, um pouco mais) de muita ira, gula, inveja, luxúria, preguiça, etc. Experimento quase todos os pecados capitais em sete dias – praticamente um por dia! Sem falar da depressão e do choro incontido.
Começo a perceber que as coisas estão saindo do controle pela forma de dirigir. A ira vem com uma buzinada por um semáforo que acabou de abrir ou por tentativas de ultrapassagens em locais impossíveis. Nesses dias tenho a sensação de que o mundo resolveu andar em marcha lenta.
Não serei hipócrita aqui: se sou eu quem toma a buzinada ou levo um farol alto bem no retrovisor, xingo, olho feio, acelero e não dou passagem. Tudo sempre com os hormônios fervilhando, é claro.
Daí vem a gula. E essa, minha amiga, deve ser parceira da ira, porque vem de uma forma tão avassaladora que nem dá tempo de conter. Nessas horas pareço uma refugiada somali, que não vê comida (principalmente chocolate) há meses. E eu como de tudo. Aliás, atire o primeiro modess quem nunca se consolou numa caixa de bombons ou se acabou em barras de chocolate ao leite.
Depois de comer feito uma vaca no pasto de engorda, eu choro, sinto culpa, ofendo as calças jeans, que agora têm modelagem menor, praguejo contra o sutiã, que não cobre meus peitos (que estão com o tamanho quase que dobrado) e sinto a angustiante vontade de me trancar dentro do guarda-roupa, com um saco de doces e um pacote de lenços, é claro. Porque nessas horas dá uma preguiça imensa de querer se arrumar, de ir namorar.
Também sinto inveja daquelas modelos magérrimas, que não engordam uma grama sequer porque não devem menstruar nunca! Assim como sinto uma cobiça danada por aqueles sistemas de interrupção da menstruação. Ah! Ainda vou colocar um daqueles...
Quando consigo me vestir (com uma roupa horrorosa, porque nesses dias nada fica bom), vou encontrar meu namorado, que é todo amor e atenção comigo, e ainda diz que eu estou linda. Pronto! Bastou a primeira palavra mal-entendida para que eu entre em erupção tal qual um vulcão ativo: voa lava pra todos os lados.
Me responde: como posso estar linda se a roupa é ridícula, estou inchada, tenho espinhas no rosto, estou parecendo um monstro!?
Só sei que falo impropérios, grito, esmurro o volante (por quê as crises têm que ser dentro do carro, hein?) e, cada vez que ele tenta balbuciar alguma coisa, mando o coitado calar a boca, porque, afinal, ele não me entende, certamente não me ama tanto quanto amava a ex... E o showzinho começa, sem hora para terminar e com direito a muitos “bis”.
Quando finalmente acaba, adivinhem o que eu faço?? Eu choro!!
Depois de explodir feito uma mulher-bomba iraquiana, eu me acabo em lágrimas, soluços e pedidos de perdão. Ele sempre perdoa, dizendo que sou louca, que preciso ir ao médico e me tratar.
Aí fazemos as pazes e então... os hormônios entram em ebulição novamente e a luxúria vem com tudo. Junto com ela vem as encanações do tipo “apaga a luz agora (senão você vai ver minha barriga inchada)”, “não dá pra dar de quatro hoje (senão você vai ver minhas celulites)”, e outras tantas que eu vou achando noite afora.
Depois de toda essa saga, ele sabiamente me pergunta:
- Em que dia do ciclo você está?
- 25o dia. Por que, hein??
- É que falta apenas dois dias pro monstro voltar a virar médico.
Depois dessa, certamente a ira retoma o círculo vicioso que é meu ciclo menstrual e tudo recomeça. Até a infeliz da menstruação aparecer, é claro!
Postado por Andréa (comendo um delicioso ovo de Páscoa crocante... Vai me criticar, hein? Algum problema nisso????)
3 comentários:
Nossa, realmente vc conseguiu descrever tão perfeitamente como não só vc, mas todas as mulheres do universo se sentem com essa PORRA de TPM hahahahhhaha.
Quando ficamos com cólicas muitas vezes nenhum homem imagina a dor que sentimos.
Quando eles tem a tal cólica renal ai eles imaginam o que sentimos....rsrsrs
Homens, não desdenhem de nossa dor, de nossa TPM pq vc pode ter algo bem pior hehehehhhe.
kkkkk Déa, nem vou falar nmto no comentário pq estou preservando a minha vida! kkk Arrasou! beijos
A Déa, e falando nisso, me manda um pedaço desse ovo de páscoa, tbm tô precisando heheheheh
Bjs
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