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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Inverno de amor


Quando li este texto faz um tempinho,me simpatizei com ele,pode ser triste sim.Mas o que vale é você viver um grande amor pelo menos uma vez na vida.Hoje estava pensando um outro tema,mas como esta semana foi conturbada,todos de cama aqui em casa,resolvi colocar este texto falando do inverno.

Mas na semana que vem estarei com o meu texto,pois,eu amo chegar na quinta e postar para todos lêem o que estou sentindo naquela semana.


O inverno chegou. E com ele as lembranças infindas e o desejo ardente de vivenciar novas e indescritíveis sensações. De que vale viver se não correremos riscos? Se não temos a coragem de ir ao encontro de um grande amor? É tão difícil viver um grande e inesquecível amor...

“Quando assisti ao filme de “Romeu e Julieta, Tristão e Isolda” e outros mais que não me recordo agora, ficava pensando que aquelas cenas amorosas, os riscos que corriam eram pura fantasia, na verdade não poderia existir amor tão grande assim. Oh, o destino me pregou uma imensa peça! Amei loucamente uma pessoa, idolatrei, adorei e desejei com todas as minhas forças tê-la comigo para toda a vida. Passei noites e dias suspirando, cantando músicas apaixonadas, fazendo cartas, pensando nela...Mas...Amei sozinha! Escondi esse amor, sufoquei-o dentro do peito, chorei, sofri, escondi meus sentimentos por medo de não ser correspondida. De que vale viver sem riscos? Que covardia!

O inverno chegou. E com ele as lembranças infindas. O caminhar lento do amado, o olhar penetrante e ao mesmo tempo sonhador, a voz macia, os gestos simples, o corpo aquecido pelos casacões, o cachecol cor de cinza, os passos pelas calçadas molhadas nas noites frias. E eu a observar atentamente pela fechadura da porta o movimento do ser adorado quando saia para beber vinho e conversar em casa de amigos ao pé de uma lareira.

Todo ano, era a mesma coisa, os amigos se reuniam para contar piadas, ouvir músicas, namorar... Os anos foram passando, ele se foi para outra cidade, casou e só retornou anos depois. E eu? Ah, eu fiquei murchando aos poucos, delirando por um amor solitário. Romeu e Julieta? Tristão e Isolda? Sim, poderia ter vivido uma história real, mas preferi guardar segredo e sonhar com esse príncipe por toda a minha vida.
Hoje, velha, viúva e mais solitária ainda, o inverno dói os meus ossos, mas as lembranças me reconfortam. Ainda olho pela fechadura e o espero passar...

Autora Maria de Lurdes mattos

Postado por Gabriela

3 comentários:

***Eli Amorim*** disse...

Lindonas,

Tem selinho pra vcs no meu blog, passe lá!

Também gostei do texto.

bjos,

Andréa disse...

Menina,
assim você me mata de chorar.
Aliás, já não bastava a Denise ontem e daí vem você hoje.
Nem Julieta, nem Isolda... só quero ser feliz. Mais nada.
Bjs,
Déa

De Salto Alto e Batom disse...

Oi Eli!
Obrigada pelo selinho.
Vamos postar no sábado, ok?
beijão,