Sou otimista por natureza.
Sempre acredito que o melhor vai acontecer - uma hora ou outra - e que os obstáculos são os temperos que deixam as vitórias mais saborosas.
Sempre acordo pensando que o hoje vai ser melhor que ontem e, assim, sucessivamente.
Mas tem uns dias que não dá pra carregar o sorriso na cara o tempo todo, como também não dá pra apagar eventuais problemas ou aparentes faltas de soluções que venham ao meu encontro.
Nesses dias e nessas horas sinto falta de algo.
Algo que teoricamente tenho, mas que não funciona (se é que funcionou algum dia).
O que preciso não está - infelizmente - na minha maravilhosa amizade com as meninas daqui, nem no colo dos outros amigos, não está no olhar do Lucca, nem no amor do Zé. Não encontro o que preciso no melhor vinho, na melhor viagem, no prato que mais aprecio. Coisas materiais, nessas horas, não têm peso, valor, nem importância.
Nesses momentos me falta algo intangível, mas totalmente real.
A maioria das pessoas tem e sabe como é bom.
Pra ser sincera, acho que nunca tive...
Por isso, tem dias que vivo como que em suspensão: me faltou aquele ar no momento crucial e, a partir dali (que eu não faço idéia quando foi exatamente), nada andou. Se é que houve um antes, se é que houve história antes.
Me faltou um olhar de compaixão, um suspiro pela vitória ou pela derrota, me faltou foi uma boa conversa, ou um papo sincero. Me faltou igualdade, amor, liberdade para que eu tivesse confiança de seguir em frente e voltar. Me faltou um abraço a cada volta.
Me faltou aquele sorriso de satisfação, daqueles que a gente solta quando a "obra-prima" supera seu criador.
Sobrou foi a falta de proximidade, de identidade, de amizade. Sobrou foi a competição, o prazer em subjugar. Sobrou frieza, pouco caso, desconsideração. Sobraram apontamentos para meus erros - elementares ou não - e sobram penas até hoje pelas minhas escolhas. E olha que eu só quero ser feliz.
Me doeu cada não displicente, e me dói ainda hoje. Principalmente quando o não vem no plural e atinge não só a mim, mas meu filho também.
Me dói ter que chamar alguém por um rótulo que não me diz nada, e o qual me tornei sem ter experiências ou exemplos bons. É como se faltassem tábuas para completar uma ponte, e fazer, assim, o caminho se tornar mais seguro e certo.
Hoje eu sou a mãe do Lucca. E sou, assim, de boca cheia, repleta de orgulho por ser mãe e não uma geladeira ou uma Esfinge. E sou tudo aquilo que não foram para mim.
Já, dos outros, eu não posso dizer o mesmo.
(postado por Andréa, que está muito triste esses dias, mas que continua acreditando que vai passar...)
2 comentários:
Déa, tem dias em que a gente fica meio solitária mesmo, sem saber exatamente o que nos faz falta. Somos humanas, é normal. E um ótimo passo é saber que isso é só um dia, uma fase, que vai passar. Como vc mesma disse, vc é otimista e ter este olhar cor de rosa pelas coisas faz com que td se ajeite em breve. Nunca se esqueça que sua estrela brilha muito, pq vc é especial. Beijos
Porra amigaaaaaaaa....
Vc ja sabe minha opiniao, sera que só vc nao enxerga a pessoa que é...
PQP hein...vamos acordar catso....
Apesar a bronca rsrsr, vc sabe que TE AMO
Vamo que VAmo...
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