Nos meus sonhos mais longínquos eu seria uma mulher independente, que não tinha horários a cumprir em um trabalho enfadonho. Trabalharia sim, mas por prazer e não por necessidade. Passaria divertidas e extensas horas brincando com meu filho, viajando com meu marido e conhecendo a Disneylândia (meu desejo de infância). Eu teria tempo para estudar as coisas que eu gosto, aprender novos idiomas e claro, cobrir cheques ou pagar a fatura do cartão de crédito não seriam problemas. Eu seria uma pessoa livre. Livre da pressão de entregar relatórios, livre de eventos chatos, de jornalistas malas, de cumprir horário, de ver o preço das coisas antes de comprar. Livre para ser feliz realizando os meus desejos e de minha família.
Esta seria a vida ideal e aposto que todo mundo que leu este primeiro parágrafo pensou: “até eu que sou mais boba”. Acontece que há um tempo minha vida deu uma bela guinada. Eu comentei aqui que precisei dar vários passos para trás para poder seguir em frente e, com isso, tive que abrir mão de algumas coisas para ganhar outras. Isso significa que pelo menos um décimo do meu sonho longínquo foi realizado. Eu não sou mais assessora de imprensa, logo, me excluí de todas as chatices que isso envolvia. Tenho tempo para ficar com meu filho e no mês que vem volto a estudar algumas das minhas paixões: língua portuguesa, inglês e latim.
Mas, enquanto as aulas não começam e minha nova vida não dá aquele start tão esperado eu me pergunto: o que eu to fazendo neste mundo? Que liberdade é esta que te prende a uma rotina tão avassaladora? Como eu posso ser realmente livre se não sei usar o tempo que tenho extra com meu filho? Eu brinco um pouco com ele, mas ele logo pergunta da escola, dos amigos e não entende que o mês de julho é de férias. Uma semana em casa e ele já está entediado de ficar o tempo todo com a mãe. O que eu faço com a liberdade de não ter hora para dormir e acordar? Passo as noites em claro vendo reprises de seriados? E o que eu faço com o dia, sem ter o que fazer? Vou arrumar a casa e as roupas? E a preocupação com as contas, que não param de chegar? Dá até medo de entrar no extrato da conta. Que liberdade é esta que me prende aos meus piores pesadelos de solidão?
Eu sei que é uma fase, vai passar e logo minha rotina será outra, assim como o meu trabalho. Mas esta falsa sensação de liberdade tem me deixado angustiada por sair de casa, ver gente, olhar as notícias, saber o que tá acontecendo do lado de fora do meu condomínio. Fui criada em uma família em que as mulheres trabalham desde os 12 anos. Aliás, beirando os 70, a minha avó trabalha até hoje, porque diz que se ficar em casa o dia todo, morre de tédio. Antes, quando ela dizia isso, eu pensava: que absurdo! Hoje, eu a entendo. Fazer algo útil não é bom só para os outros, mas para você também, porque restaura a mente, atrai pensamentos bons, renova o espírito. Ficar sozinha com suas reflexões pode ser bom por um período, mas, viver assim, deve ser como aprisionar um passarinho. Eu preciso voar. Eu quero enxergar o mundo lá de cima novamente.
Esta tem sido mais uma experiência que eu tive que passar para entender que a vida não é feita só de alegrias e que, nem os meus sonhos, são tão perfeitos. Porque até nos nossos sonhos existem bloqueios, coisas mal planejadas e caminhos que não prevíamos. Este é um momento novo para mim, uma importante fase de transição na minha vida. A cada dia eu sinto que estou amadurecendo um pouco mais, aprendendo com meus erros e também com meus acertos. Estou aprendendo a pensar sobre minhas decisões, deixar o impulso um pouco de lado e ser mais responsável comigo e com as pessoas que me rodeiam.
Sonhar não custa nada, já dizia a música. E é verdade. Sonhar é uma delícia e viver os seus sonhos também. Mas, às vezes, nada como colocar os pés no chão novamente para se sentir parte deste universo, para ver que a sua presença faz toda a diferença na vida das pessoas que te rodeiam. E que sem estas pessoas à sua volta, de nada adiantam seus desejos.
Acabo de descobrir que liberdade é uma coisa muito relativa. Pois é, vivendo e aprendendo.
Esta seria a vida ideal e aposto que todo mundo que leu este primeiro parágrafo pensou: “até eu que sou mais boba”. Acontece que há um tempo minha vida deu uma bela guinada. Eu comentei aqui que precisei dar vários passos para trás para poder seguir em frente e, com isso, tive que abrir mão de algumas coisas para ganhar outras. Isso significa que pelo menos um décimo do meu sonho longínquo foi realizado. Eu não sou mais assessora de imprensa, logo, me excluí de todas as chatices que isso envolvia. Tenho tempo para ficar com meu filho e no mês que vem volto a estudar algumas das minhas paixões: língua portuguesa, inglês e latim.
Mas, enquanto as aulas não começam e minha nova vida não dá aquele start tão esperado eu me pergunto: o que eu to fazendo neste mundo? Que liberdade é esta que te prende a uma rotina tão avassaladora? Como eu posso ser realmente livre se não sei usar o tempo que tenho extra com meu filho? Eu brinco um pouco com ele, mas ele logo pergunta da escola, dos amigos e não entende que o mês de julho é de férias. Uma semana em casa e ele já está entediado de ficar o tempo todo com a mãe. O que eu faço com a liberdade de não ter hora para dormir e acordar? Passo as noites em claro vendo reprises de seriados? E o que eu faço com o dia, sem ter o que fazer? Vou arrumar a casa e as roupas? E a preocupação com as contas, que não param de chegar? Dá até medo de entrar no extrato da conta. Que liberdade é esta que me prende aos meus piores pesadelos de solidão?
Eu sei que é uma fase, vai passar e logo minha rotina será outra, assim como o meu trabalho. Mas esta falsa sensação de liberdade tem me deixado angustiada por sair de casa, ver gente, olhar as notícias, saber o que tá acontecendo do lado de fora do meu condomínio. Fui criada em uma família em que as mulheres trabalham desde os 12 anos. Aliás, beirando os 70, a minha avó trabalha até hoje, porque diz que se ficar em casa o dia todo, morre de tédio. Antes, quando ela dizia isso, eu pensava: que absurdo! Hoje, eu a entendo. Fazer algo útil não é bom só para os outros, mas para você também, porque restaura a mente, atrai pensamentos bons, renova o espírito. Ficar sozinha com suas reflexões pode ser bom por um período, mas, viver assim, deve ser como aprisionar um passarinho. Eu preciso voar. Eu quero enxergar o mundo lá de cima novamente.
Esta tem sido mais uma experiência que eu tive que passar para entender que a vida não é feita só de alegrias e que, nem os meus sonhos, são tão perfeitos. Porque até nos nossos sonhos existem bloqueios, coisas mal planejadas e caminhos que não prevíamos. Este é um momento novo para mim, uma importante fase de transição na minha vida. A cada dia eu sinto que estou amadurecendo um pouco mais, aprendendo com meus erros e também com meus acertos. Estou aprendendo a pensar sobre minhas decisões, deixar o impulso um pouco de lado e ser mais responsável comigo e com as pessoas que me rodeiam.
Sonhar não custa nada, já dizia a música. E é verdade. Sonhar é uma delícia e viver os seus sonhos também. Mas, às vezes, nada como colocar os pés no chão novamente para se sentir parte deste universo, para ver que a sua presença faz toda a diferença na vida das pessoas que te rodeiam. E que sem estas pessoas à sua volta, de nada adiantam seus desejos.
Acabo de descobrir que liberdade é uma coisa muito relativa. Pois é, vivendo e aprendendo.
Postado por Denise
2 comentários:
Dê, pode ter certeza de que a sua presença faz toda a diferença na minha vida!
Beijos
Ai amiga... te compreendo mesmo, sabia?
Quem tem a alma livre dificilmente consegue ficar presa, assim, como numa gaiola.
Também estou cheia de questionamentos, mas entendo que o tempo traz lições incríveis.
Use esse período para se conhecer melhor e para planejar a realização dos sonhos.
Daí, quando você menos esperar, a sua realidade será, de novo, a arquitetura da realização de outros sonhos.
Beijos,
Déa
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