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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Carta a uma amiga.


Querida Cibele,

não posso mentir que você faz muita falta por aqui.
Há tantas histórias, tantos desfechos de histórias que eu queria te contar que, juro, às vezes me pego olhando seu perfil no orkut e quase deixo um "saudades, Florrrr".
Já fez dois meses que você foi embora e, de acordo com a nossa crença, você ainda está em tratamento. Mas sinto, aqui dentro do meu coração, que você está bem.
Nesse tempo conversei com sua mãe. Ficamos batendo papo durante uns 40 minutos. Rimos, choramos, falamos de você (é claro!), falamos da vida, da minha vida, do meu outro blog.
Também tentei falar com o seu filho por duas vezes, mas parece que o sinal do celular do Michel é fraco lá em Avaré.
Como você já deve saber, seu pequeno foi morar lá. Não quero emitir juizo de valor nenhum aqui, mas uma "vida nova", com tudo novo, pode até fazer bem a ele. E outra, cidade do interior tem mais qualidade de vida, né?!
Aliás, sábado estive com ele. Lindo, fofo, querido, como sempre. A Jéssica fez uma festinha com os temas do Ben 10 e do Palmeiras. Como choveu muito, a festa foi dentro da casa dela, e não lá em cima, no terraço. Mas valeu assim mesmo.
Levei o Lucca, de braço engessado e tudo (é, ele fissurou um ossinho no cotovelo esquerdo), o Celso da banca levou o filho dele e os três se divertiram muito. Tanto que ficaram com os cabelos molhados de tanto suor, de tanto correr.
E as gargalhadas??!! Eles riram muito mesmo e brincaram até cansar.
Amiga, pensei em você em todos os minutos.
Tenho certeza de que você faria outra festa, em outro lugar. Assim como você teria a certeza da minha presença. Mas eu fui lá no sábado pelo Diogo, você sabe...
Na hora do Parabéns cantamos pra valer, e ele ficou todo elétrico, cantando junto, sorrindo muito (afinal, é muito bom ter nove anos, né?). O Michel e a Jéssica estavam visivelmente emocionados. Porém, na hora de oferecer o primeiro pedaço, não me contive com a atitude do seu pequeno: ele ofereceu o bolo a você e ao Michel.
Amiga, me desculpe! Mas não consegui ver e nem ouvir o resto. Saí de perto, fui lá para fora e chorei de saudades, de emoção, de dor, e de tristeza por você não estar lá naquele momento.
Nessa mesma hora, o céu, que estava encoberto, se abriu e eu vi uma Lua linda, cheia de luz. Aquilo só podia ser você que, de alguma forma, veio abraçar a todos e em especial, o Diogo.
Conduzida pelo Zé, e depois de enxugar as lágrimas, voltei à cozinha e peguei minha fatia de bolo de chocolate e daí dei uma abração no Diogo. Apertei mesmo, num abraço de urso, como se fosse guardá-lo em meu peito. E senti como se tivesse te abraçando.
Ah! Cibele... se eu pudesse ter escolhido um presente especial para o Diogo, seria ter você alí, conosco, com ele. Mas meu abraço foi uma atitude de mãe que protege a cria. Mesmo que a cria, no caso, seja a sua.
Querida, agora preciso ir. Já são quase 19 horas e eu tenho que buscar o Lucca lá na minha mãe.
Obrigada por ter deixado aqui conosco essa jóia chamada Diogo, e saiba que minhas orações por você e por ele são diárias.
Fique com Deus, e quando puder, por favor, mande ao menos um sinal (como o da Lua, por exemplo). E tenha a certeza que sua "irmã de alma" irá te reconhecer.
Um beijo fraterno, com todo o respeito,

Andréa

2 comentários:

dezinhaf@hotmail.com disse...

Que ela esteja em paz, sem dor e nem sofrimento. beijos Dea.

Di Valente disse...

Com certeza ela está melhor que nós Déa.
Beijo pra vc e outro no lucca que tá com o braço dodói...